Como as caravanas faziam para sobreviver, uma vez que as peregrinações eram no deserto?
Saiba a resposta na coluna 'Gênesis Responde'
Abrão caminhou pelo deserto com sua família, seus servos e rebanhos, ou seja, viveu a vida nômade. Naquele tempo, seria uma viagem quase impossível. Andou milhares de quilômetros a pé e com animais de carga, um clã inteiro pelo deserto, entre territórios hostis, passando por regiões que hoje constituem a Síria, a Turquia, o Egito, a Arábia Saudita.
Assim, para sobreviver, eles costumavam buscar regiões onde pudessem ter alimentos e água para seus rebanhos. Eles utilizavam os recursos naturais de um local e, quando acabavam, mudavam para outra região. Além disso, viviam da caça de animais pequenos e coleta de frutos. Com o desenvolvimento de novos utensílios, passaram a capturar animais de grande porte, melhorando as possibilidades de sobrevivência do grupo.
Esse estilo de vida estava diretamente relacionado com condições climáticas. Podemos ver nos relatos bíblicos, descrições sobre muitos problemas e manchas na pele, uma preocupação frequente, uma vez que o povo vivia no deserto, sob um sol escaldante.
Hoje se sabe que os patriarcas mantinham elos econômicos com as cidades e costumavam trocar produtos dos rebanhos pelos manufaturados.
Um curiosidade é a respeito da importância do trigo, que era um alimento muito versátil. O trigo acondicionado corretamente poderia durar mais de cinco anos e bastava um pouco de água para que se produzisse o pão que era um alimento capaz de manter os indivíduos daquela comunidade por muito tempo em atividades físicas extenuantes. O pão foi o grande responsável pela maior parte das migrações da humanidade.