Como divulgar seu negócio durante a crise?
Veja quais ferramentas pequenos e grandes empresários podem utilizar
A pandemia do novo coronavírus trouxe uma crise sem precedentes para todo o mundo. Além dos problemas sanitários, a economia de todos os países está sendo afetada em diversos aspectos. No Brasil não é diferente. Muitas empresas fecharam suas portas, estão sem produzir e sem faturar. Outras estão ganhando bem pouco. Diante do cenário negativo, os cortes nas despesas são inevitáveis. Uma das primeiras atitudes é cancelar todas as ações de marketing, mas essa decisão pode prejudicar as empresas de maneira irreversível.
O que fazer nesta hora?
Muitos podem não estar visualizando uma saída, mas, talvez, a informação de que a internet está se consolidando como a principal fonte de informação durante a pandemia, com 86% da preferência dos usuários, seguida da televisão (72%) e dos jornais (50%) – de acordo com uma pesquisa recente divulgada pela agência Demanda – pode ajudar na resolução dessa questão.
Segundo Larissa Balan, consultora de mercado e pesquisadora de empreendedorismo e comportamento de consumo da consultoria BBL, assim que acorda, o brasileiro leva, em média, oito segundos para acessar a internet no celular. “Isso acontecia antes da pandemia, agora pode até ser mais rápido. Hoje, com certeza, a as pessoas passaram a usar o aparelho por muito mais tempo”, afirma.
Plataformas digitais, como Facebook e WhatsApp, por exemplo, se tornaram a via normal para quem quer divulgar seus produtos de forma barata. “A mudança de hábito não foi por opção, mas por pressão. Até quem antes fazia a divulgação de forma caseira percebeu isso. O açougue já usa o Instagram para fazer suas promoções. O grande empresário também está fazendo isso, com grupos que promovem lives (transmissões ao vivo). O uso dessa tecnologia por todos, durante a pandemia, trouxe um nivelamento”, avalia.
Essa tecnologia está acessível a todos. “De modo geral, com a pandemia, as empresas que já vinham em um movimento de observar o comportamento de consumo e estavam prorrogando investimentos, até por comodismo, tiveram que usar os recursos tecnológicos para nortear suas transações. Se antes o empresário usava o panfleto para divulgar os seus produtos, agora, vai precisar de novos estímulos com o objetivo de chamar a atenção do consumidor. A diferença é que o grande tem mais potencial de investimento e talvez tenha uma plataforma mais estruturada para fazer o e-commerce”, analisa Larissa.
Sem temor
A especialista diz que o empreendedor não deve temer este período. “É necessário testar paciência, persistência e constância para fazer a migração do ambiente físico para o on-line. Isso não quer dizer que o varejo físico vá morrer. Hoje o consumidor é muito eclético e não pesquisa em um único local para buscar o que quer. Ele visita vários canais. Muitas vezes, olha na internet e compra na loja física e o contrário também acontece: experimenta no shopping e depois compra pela internet, mas, neste momento, o que está atendendo mais o consumidor é o mercado digital”, avalia.
Ela aconselha o empreendedor a não perder a esperança. “O grande ingrediente é o otimismo pautado na realidade. Pode ser o momento certo de contratar um consultor, de procurar uma informação mais técnica ou de fazer parcerias. Se você tem uma loja em que o espaço total não está sendo utilizado, subalugar uma parte pode ser uma possibilidade. Nenhum negócio é totalmente perdido, se você souber agir de forma estratégica. A realidade é que durante uma crise alguém chora e alguém vende lenço”, sentencia.