As notas, por si só, não mostram se a criança e o adolescente estão ou não indo bem na escola. Mara Duarte da Costa, neuropedagoga, psicopedagoga, psicomotricista e diretora pedagógica, esclarece que o rendimento escolar, medido principalmente pelas notas, é diferente do desempenho escolar, que considera a criança como um ser integral e todo o desenvolvimento dela.

Mara declara que é possível ter bom desempenho e rendimento baixo, o que acontece quando o aluno aprendeu o conteúdo, mas, por conta de problemas emocionais, ansiedade, baixa autoestima ou falta de motivação para se dedicar às tarefas, tem notas baixas.

O contrário também é possível: a criança memoriza o conteúdo para dar as respostas certas em uma prova, porém, mesmo sem aprendê-lo, obtém uma nota alta, mas tem baixo desempenho.

Por isso, é preciso entender que a nota é apenas um dos indicadores de aprendizado e que os responsáveis pelo aluno devem ficar atentos para que possam ajudar seus filhos. “A participação da criança em sala de aula, sua capacidade de trabalhar em grupo, o desenvolvimento de suas habilidades socioemocionais, a criatividade, o comportamento, o interesse em aprender e seu esforço são indicadores, às vezes, muito mais significativos do que as próprias notas”, diz Mara.

Mas não cabe só aos professores incentivarem o bom desempenho dos alunos. Os pais são extremamente importantes e devem ter presença ativa na vida escolar dos filhos, não apenas nos primeiros dez anos de idade da criança, como ocorre comumente, segundo Mara, mas também depois dessa fase. “A presença dos pais é que vai trazer segurança nesse processo”, cita Mara. E ela acrescenta que, na ausência deles, avós, tios ou outros tutores precisam estar engajados nesse processo educativo. “Escola e família precisam caminhar juntas. A família precisa mostrar interesse pela escola e ambos incentivam o aprendizado contínuo desse aluno”, salienta. Veja abaixo como os pais podem acompanhar e promover o bom desempenho escolar dos filhos.