Como inserir um negócio na economia prateada?

O número de pessoas com mais de 60 anos no Brasil continua subindo e, por isso, o empreendedor precisa se preparar para conquistar e vender para esse público

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O envelhecimento da população brasileira se acelerou nos últimos anos. De acordo com o Censo Demográfico 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de brasileiros acima dos 60 anos de idade chegou a 32,1 milhões, o que representa 15,6% da população do País, que é de pouco mais de 203 milhões de pessoas. Isso significa um crescimento de 56% em relação ao total de idosos na contagem de 2010.

Com o aumento do número de pessoas idosas, cresce também o consumo nessa faixa etária, como mostra a pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em parceria com a AGP Pesquisas, que faz levantamentos sobre os hábitos de compra da população com idade superior a 60 nos últimos anos.

Na quarta edição da pesquisa, dos 503 entrevistados em todo o País com idade superior a 60 anos, 82% afirmaram que fazem compras on-line, sendo que 18% experimentaram o recurso pela primeira vez durante a quarentena. O smartphone é utilizado por 71% deles, e 46% compram via aplicativos. Além disso, 88% administram a renda em suas casas e são os responsáveis pelas compras.

Diante desse contexto, os empreendedores precisam se atentar à chamada economia prateada ou economia sênior, que é o segmento que foca nas necessidades, vontades e atividades econômicas dos consumidores com mais de 50 anos e inclui produtos e serviços destinados a melhorar a qualidade de vida, a saúde, o bem-estar e a participação social do público maduro.

O consultor de negócios do Sebrae-SP Marcio Moreno comenta que diversos empreendimentos têm errado ao não focar nesse público, enquanto outros ainda não sabem como atingir esse segmento no mercado. “Muitos empreendedores têm focado em públicos mais jovens, acreditando que eles representam o maior potencial de lucro. Vemos que campanhas de marketing são direcionadas a públicos mais jovens, pois são mais ativos nas redes sociais e plataformas digitais. Por fim, há o estereótipo de que pessoas mais velhas são menos propensas a gastar dinheiro ou adotar novas tecnologias”, detalha.

Contudo o especialista afirma que essas ideias são equivocadas e que quando a atenção é voltada para esse público, os resultados vão além de aumento de lucro e oportunidades de negócios. “O número de pessoas com mais de 60 anos no Brasil está crescendo rapidamente. Alguns setores já estão se adaptando para melhor atender às necessidades e preferências desse público, o que representa não apenas uma oportunidade de negócio, mas também uma forma de contribuir para a qualidade de vida dessa parcela da população”, diz.

A partir de sua experiência e vivência em treinamentos, Moreno revela que o “grupo 60+” lhe trouxe uma reflexão sobre o comportamento desse público, pois, ao contrário do que era visto há alguns anos, “as pessoas idosas de hoje estão muito mais jovens e ativas, elas não se enxergam mais como indivíduos que estão terminando sua jornada e simplesmente esperando o tempo passar. Elas querem fazer mais, se atualizar com as novas tecnologias e estão longe de querer se aposentar”, conclui.

E você, empreendedor, pode conferir nas dicas ao lado como incluir e atender esse público sênior por meio de seus produtos e serviços.

Prosperidade

Além de se capacitar para atender esse público, o empreendedor também pode buscar os ensinamentos da Palavra nas reuniões Prosperidade com Deus, que ocorrem às segundas-feiras, em diversos horários, na Universal.

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Colaborador

Camila Teodoro / Foto: Andreswd/GettyImagesm / Arte: Edi Edson