“Absurdo”, “louco” e semelhante aos “tempos medievais”. Essas foram as palavras usadas pela política finlandesa Päivi Räsänen para descrever o seu julgamento. Ela está sendo julgada por compartilhar suas opiniões bíblicas sobre a sexualidade.

Quadro geral:

A autora do livreto de 24 páginas chamado “Masculino e feminino, ele os criou – as relações homossexuais desafiam o conceito cristão de humanidade” teve o seu segundo julgamento, ao ser acusada de discurso de ódio contra homossexuais, apenas por não apoiar esses atos.

No entanto, a sua situação começou desde 2019, quando ela compartilhou a passagem de Romanos 1:24-27,  que explica a visão bíblica sobre o assunto

Diante do ocorrido, ela ficou alarmada com a decisão de sua denominação,  a Igreja Evangélica Luterana, de apoiar um evento do Orgulho LGBTQ. Com isso, a finlandesa respondeu compartilhando as Escrituras em suas redes sociais, o que gerou  uma queixa criminal.

“Não é um tribunal que deve decidir qual é a interpretação correta da Bíblia e o que não é”, disse ela.

Ela continuou: “Foi um absurdo e uma loucura eu ter que defender as verdades bíblicas e minha interpretação sobre a Bíblia, minha fé e minhas crenças diante dos juízes. É como nos tempos medievais”, destacou a política sobre o seu julgamento.

O que analisar:

No ano passado, durante a primeira batalha judicial, ela foi absolvida, mas devido à apelação do promotor acabou retornando ao tribunal.

Neste julgamento, a filandesa disse que a promotoria argumentou que pode   “acreditar mentalmente em qualquer coisa sobre a Bíblia, mas é ilegal expressá-lo externamente”.

Por fim, o veredito do caso deve ser dado até o final de novembro e ela pode pegar pena de até dois anos de prisão. 

“A consequência mais perigosa deste caso [é a] censura… porque, então, teria grandes consequências para as nossas liberdades”, disse Räsänen.

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