Durante reunião no Templo de Salomão, no domingo último (28), o Bispo Renato Cardoso e sua esposa, Cristiane Cardoso, falaram sobre como o jeito que os pais falam influencia a voz interior dos filhos, que os acompanhará por toda a vida deles.

“Todos nós temos uma voz interior. Aquela voz que conversa com a gente (…) que serve como guia, consciência, orientação e reforço”, disse o Bispo.

Então, ele explicou que o jeito que pai e mãe falam com os filhos se torna a voz interior deles.

“Muitos estudos mostram que a primeira influência sobre essa voz interior, que todos temos, é a voz dos nossos pais. Quando você, já adulto, vai enfrentar um desafio, uma entrevista de trabalho por exemplo, e ouve aquela voz que diz ‘você não vai conseguir’, provavelmente, vem lá de trás, quando seus pais demonstravam dúvida sobre a sua capacidade, achavam que você não era bom o suficiente e eram verbais sobre isso”, afirmou.

Segundo ele, essa voz nos acompanha a vida toda e é por isso que os pais devem observar o jeito com o qual falam com os filhos.

“Porque essa voz fica em todos os momentos conosco, falando ou o negativo ou o positivo. É claro que nenhum pai é tão perfeito que nunca falou uma palavra mais dura. Todos já erramos nesse sentido. Mas, o que isso não pode se tornar é uma norma na qual você só fala com o seu filho quando o pega fazendo algo errado. E, aí, você vai ser crítico, obviamente, que é o grande problema. Pois, normalmente, quando os filhos fazem as coisas certas, a gente só observa e não fala nada, e ainda pensa ‘não fez mais do que a obrigação'”, comentou.

Reforçar algo positivo

Se, por um lado, na maior parte do tempo a voz dos pais é de crítica ou reclamação, por outro, na verdade, eles fazem com a melhor intenção, pois, estão ali querendo educar, conforme pontuou Cristiane: “Já cometi esse erro muitas vezes com o meu filho. Muitas vezes, quando você fala com carinho, ele não ouve. E, quando você fala de forma dura, criticando mesmo… aí você também pensa ‘a minha intenção não é diminuir o meu filho, é ajudar, então isso que importa.'”

Ela observou que o problema dessa situação é que o filho não vê e nem ouve assim e, com insegurança e carência, sente que os pais só enxergam coisas erradas nele. Por isso, o jovem gosta mais de ficar com os amigos, pois ali encontra pessoas que falam o que ele gosta de ouvir.

Então, como os pais devem falar e abordar as situações?

“Você tem que aprender a falar de um jeito que ele não vai se sentir diminuído, às vezes, até relevar alguma coisa. Só que você vai ajudar de uma forma mais eficaz (…) O que deve fazer é falar para ele como você o vê. Chegar e falar ‘me perdoa as vezes que eu fiz você se sentir de tal maneira, mas o fato é que você tem tal coisa de bom’ e deixar isso bem claro para ele (…) Quando você reforça algo que você pensa sobre a pessoa, de forma positiva, ajuda muito… Assim como a palavra diminui, ela também levanta”, concluiu.

Assista ao vídeo abaixo com a mensagem na íntegra:

Orientação para o seu relacionamento

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