Como se dar bem em um processo seletivo?
Veja dicas de ouro para se preparar para entrevistas de emprego
Os processos seletivos são cada vez mais disputados e ninguém quer errar ao participar deles, pois isso pode impedir uma recolocação no mercado de trabalho ou uma migração para outra empresa. O grande problema é que muitos ignoram que a entrevista é o momento oportuno para ressaltar os pontos fortes de seu perfil, falar de suas conquistas e, assim, passar a ocupar a vaga tão almejada. Há também diversas dúvidas sobre como se portar, se vestir e o que e como falar na hora de uma entrevista de emprego. Há solução para isso?
Veridiana Barcelos, líder de pessoas e cultura na Abler, startup que visa conectar empresas e candidatos, diz que não acredita que exista uma receita pronta para ter sucesso na entrevista. “Tente ser você mesmo, não fique floreando e vendendo coisas que você não fez. Vale sim ter autoconhecimento e saber, até mesmo por meio de feedbacks que você recebeu de líderes e colegas de outras empresas, quais são as suas reais habilidades, em que você sobressai, quais são os pontos que você precisa desenvolver e quais foram, por exemplo, seus maiores desafios no trabalho anterior”.
Para ela, a preparação é fundamental: “é importante se preparar para se sentir mais seguro quanto ao que você vai falar na conversa com o recrutador. Dessa forma, você mostra a ele que se preparou, que é uma pessoa organizada, que planeja e que reservou um tempo para essa finalidade. Acalme-se um pouco, porque o momento de entrevista sempre gera um pouquinho de ansiedade e lembre que há expectativas dos dois lados. Às vezes, estamos nervosos no começo da entrevista e vamos nos soltando, o que também depende da habilidade do recrutador de fazer isso”.
Segundo Veridiana, ser pontual é imprescindível. “A pontualidade para mim parece um requisito muito óbvio, mas nem sempre as pessoas são pontuais. Quando recebemos a ligação para o agendamento, é indicado guardar o contato para avisar se houver alguma eventualidade. Sabemos que imprevistos acontecem, mas é necessário entender que o recrutador está ali trabalhando, que tem também objetivos e metas e que foi agendado um tempo para dedicar àquela atividade”, observa.
Para quem pensa que todos os processos seletivos são iguais, Veridiana faz um alerta: “eles podem ter algumas semelhanças, apesar de serem para posições e empresas diferentes. Tudo vai depender do cargo e de como é a cultura daquela empresa, do recrutador que conduz a entrevista e de como ele costuma agir para extrair do entrevistado os dados de que necessita para avaliá-lo, por exemplo. O candidato precisa entender que todo processo seletivo busca validar alguns aspectos do perfil comportamental, experiências e o conhecimento técnico”.
É importante ter o máximo de informações sobre a empresa e a vaga que está sendo oferecida. “A divulgação traz informações sobre a empresa ou não? Pesquise um pouco mais sobre ela. Qual é o cargo, quais são os requisitos, o que está descrito sobre as atividades? Qual é o horário e quais são os benefícios? Tome nota de pontos que geraram dúvidas e curiosidade em você, o que demonstra para o recrutador que você leu e pesquisou e também é uma oportunidade para que você avalie se faz sentido para você seguir participando do processo seletivo”, aconselha.
Há entrevistas em que o candidato é questionado sobre qual seria sua reação em situações hipotéticas. “Eu gosto muito mais do conceito de entrevistas por competências, que é quando a pessoa vai ter que responder baseada no histórico de experiências anteriores que teve. Por exemplo, como fez para gerir o tempo e negociar prazos. Como o entrevistado se comunica? Ele vai esperar esse prazo estourar e ser cobrado ou vai se antecipar e buscar uma solução? Tanto as situações hipotéticas quanto as entrevistas por competências buscam avaliar as soft skills, que são as habilidades comportamentais”, explica.
Veridiana diz que a sinceridade é importante para que a empresa saiba quem é a pessoa que está sendo entrevistada. “Como ela vai se portar no dia a dia? O profissional que está sendo avaliado tem sempre um lado pessoal evidente? Não é possível separar o aspecto profissional do pessoal. É muito bacana quando conseguimos mostrar os sonhos que conquistamos por meio do trabalho, quais são os nossos desejos, nossos valores pessoais, nossos interesses, falar um pouco sobre a nossa família e a nossa estrutura. A empresa e o recrutador estão contratando não só um profissional. A pessoa vem junto”, conclui.
Dificuldades em se recolocar?
Se você está com dificuldades de se recolocar, faça como milhares de pessoas que estão encontrando direcionamento com apoio da Palavra de Deus. Participe do Congresso para o Sucesso, que ocorre às segundas-feiras, em todas as igrejas Universal.