A Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) promove anualmente a campanha Agosto Azul Vermelho, dedicada a conscientizar a população sobre a importância dos cuidados com a saúde vascular. As cores escolhidas simbolizam as veias e as artérias do corpo humano.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares são responsáveis por 30% dos óbitos no Brasil, mas as enfermidades vasculares também têm comprometido a vida de muitas pessoas. Ambas estão ligadas à circulação do sangue, porém de formas diferentes. Enquanto os problemas cardiovasculares estão relacionados a questões cardíacas, como infarto e hipertensão arterial sistêmica, as doenças vasculares dizem respeito a problemas como varizes e trombose.

O sistema vascular é responsável pelo transporte de sangue e de nutrientes para todos os órgãos e tecidos. “Quando há algum problema no sistema vascular, diversas doenças podem surgir, afetando o bem-estar do paciente e até mesmo podendo levá-lo à morte”, detalha o cirurgião vascular Armando Lobato, presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV).

De acordo com pesquisas da SBACV, o aumento de óbitos por acidente vascular cerebral (AVC) – doença do sistema vascular – tem sido, anualmente, maior do que o de infartos, com destaque para o ano de 2020, quando foram registrados 97.779 mortes por infarto e 105.894 mortes por AVC. Já em 2024, o percentual de mortes por AVC – considerando os dados coletados até junho – é 8,78% maior do que os óbitos de infarto.

Pesquisas realizadas em outubro de 2023 pela Organização Mundial do AVC fizeram uma projeção que embasa a pesquisa da SBACV. Os estudos preveem que o número de mortes por AVC no mundo poderá aumentar 50%, atingindo cerca de dez milhões de pessoas até 2050. Lobato comenta que esses números refletem um quadro preocupante e, por isso, é necessário o cuidado com a saúde vascular. “Identificar os sintomas com antecedência também pode auxiliar no diagnóstico e tratamento precoce, salvando vidas e reduzindo as sequelas”, afirma. Entenda mais sobre essas doenças e como preveni-las por meio do infográfico abaixo.

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(*) Colaborou: Flávia Francellino