Muitos fatores contribuem para a estagnação de um empreendimento, como a desorganização financeira, a gerência inadequada e a falta de visão de curto, médio e longo prazos, só para citar alguns. A pandemia do novo coronavírus também tem contribuído para que isso se intensifique, ainda mais quando os empresários não estão atentos às inovações corporativas necessárias para continuar no jogo empreendedor. Só para termos uma ideia, em 2020, 716 mil empresas fecharam as portas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para Lúcia Gomes, consultora de negócios do Sebrae-SP, há muita falta de planejamento nos negócios. “Houve uma mudança de regras na maneira de atuar em todos os segmentos. Por isso, é necessário que o empreendedor se adapte, arrume a casa e se estruture da melhor forma para este momento que vai passar. Alguns empreendedores já perceberam isso e entenderam que é preciso inovar por meio da mudança de comportamento e do planejamento de ações.”

Lúcia afirma que diversos empreendimentos sofreram e ainda sofrem os reflexos da pandemia, pois não estavam preparados mercadologicamente nem financeiramente para inovar. “Muitos empreendedores não souberam se adaptar. Uma pesquisa do Sebrae, em nível nacional, que acompanha os impactos da pandemia desde março do ano passado, apontou que 5% das empresas fecharam de vez até agora, mas, em contrapartida, 64% mudaram a forma de atuação e estão se mantendo no mercado”, diz.

De acordo com a consultora, a organização é fundamental para a retomada do empreendimento. “O empresário não pode ter retrabalho no controle das entradas e saídas do seu negócio e anotar essas informações em diversos locais. Escolha uma plataforma que agilize esse processo. Isso também lhe dará uma visão macro exata do que você pode fazer caso precise cortar custos ou despesas ou até investir em outras áreas da empresa. Sem informação, qualquer tomada de decisão será um palpite. A organização torna o negócio mais transparente para que você possa entendê-lo”, destaca.

Mas para alavancar o empreendimento também é preciso inovar em termos tecnológicos. “A tecnologia facilita até as formas de pagamentos, como o Pix, por exemplo. O importante é usar essa tecnologia a seu favor. As redes sociais como Instagram e Facebook também podem e devem ser usadas. Também não adianta querer falar com o cliente apenas por e-mail. Essa é uma forma mecânica de atendimento e hoje todo mundo quer um atendimento mais personalizado, rápido e eficaz”, esclarece.

O WhatsApp, por exemplo, veio para ficar e seu uso foi acentuado na pandemia. “Independentemente dele ser mais usado na comunicação com o cliente e com parceiros, é preciso ter padrão de atendimento e postura profissional. O cliente espera ser bem atendido sempre. Vale até usar uma mensagem simples de saudação como: ‘obrigado pelo seu contato’. Tive uma experiência diferente ao atender uma empresa de turismo, um dos setores mais afetados pela pandemia, que divulga a seguinte mensagem de espera: ‘no momento estou realizando o sonho de um cliente. Em breve retorno para ajudar a realizar o seu’”.

Lúcia explica que vale, inclusive, dar um passo atrás para estruturar adequadamente o seu negócio. “Você vai investir tempo para reorganizar estratégias, melhorar a gestão financeira e o marketing. Controle é muito mais importante do que velocidade neste momento.

Lembre-se que o cliente é a base para o seu sucesso. Ao atendê-lo, fazer o básico é bom, mas fazer um pouco mais mostra um diferencial. Seja criativo, use a tecnologia e descubra novas formas de atender o cliente. O foco tem que ser nele”, conclui.

Se você ainda não sabe como alavancar a sua empresa e sair da estagnação, faça como muitas pessoas que estão sendo bem-sucedidas em seus empreendimentos ao encontrar uma nova visão de vida. Participe do Congresso para o Sucesso, palestra motivacional que ocorre no Templo de Salomão, em São Paulo, todas as segundas-feiras, às 7h, 10h, 12h, 15h, 18h30 e 22h, ou na Universal mais próxima de você.