Como você se vê?

A visão embaçada pelos sofrimentos faz com que muitas mulheres se enxerguem de maneira distorcida. Esse foi o tema do Godllywood Autoajuda

Imagem de capa - Como você se vê?

No dia 29 de março, aconteceu o Godllywood Autoajuda, encontro voltado exclusivamente para mulheres. Márcia Pires, autora do livro Da Ferida à Cicatriz, conduziu o encontro no Templo de Salomão, em São Paulo, com a escritora Cristiane Cardoso. A reunião foi transmitida por videoconferência para todo o Brasil.

Isso também é abuso

Márcia contou que teve a infância marcada por rejeição e a adolescência, por abusos. Já na vida adulta, sofreu em um relacionamento abusivo que causou mais feridas e decepções. Com essa experiência, ela explicou que, quando falamos em abusos, geralmente pensamos em agressões sexuais ou violência doméstica, mas também há outros abusos que, a princípio, não parecem tão graves, mas podem ser destruidores, como comparações e insinuações que visam atacar a autoestima da mulher.

Esses abusos definem a vida de muitas mulheres, pois deturpam a imagem que elas têm de si mesmas. “Você faz escolhas e toma decisões mediante a forma que você se vê. Se você se vê como uma pessoa quebrada, quais decisões tomará? Você vai achar que não tem direito a nada e se contentará com migalhas”, declarou.

Como você se enxerga?

Márcia levou cada mulher que assistia ao encontro a refletir sobre como se vê. Ela destacou que ela mesma, embora tivesse construído uma carreira bem-sucedida, se via “fraca, resignada ao sofrimento, sentindo dor o tempo todo; (…) um pano de chão com o qual as pessoas podiam fazer o que quisessem”.

O passado de Márcia regia seu presente, relatou, e, como ela, muitas mulheres se deixam subjulgar pelo sofrimento que viveram anteriormente. “Você vive todos os dias com a sua cabeça no passado, no que aconteceu, na traição do marido, na injustiça sofrida, no desprezo da família, no abuso. Então, você não tem paz e revive aquele trauma todos os dias e aquilo fica mais doloroso, mais difícil de lidar”, disse.

Como Deus a enxerga

Márcia destacou que muitas mulheres culpam Deus pelo seu sofrimento. Contudo a dor não é culpa dEle, mas de outras pessoas que agiram mal e até da própria pessoa, que toma decisões erradas, como se deixar reger pela mágoa.

O sofrimento de Márcia teve fim quando ela entendeu que, em vez de indiferente, Deus queria agir como o Pai descrito em Isaías 49.15: “Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo Eu não me esquecerei de ti”.

Para que Ele aja, porém, é preciso que o sofredor queira e se aproxime dEle. Foi o que Márcia fez, como relatou: “Deus me fez entender que eu sofria, mas Ele também sofria comigo. Ele não nos criou para sermos capachos das circunstâncias da vida, dos traumas e das injustiças. Ele nos criou para sermos filhas dEle. O único que pode trazer sentido à nossa vida e nos curar é Deus”.

Portanto reflita: os abusos sofridos definem como você se enxerga? Se a resposta for afirmativa, busque se ver como Deus a vê. Faça da sua ferida aberta uma simples cicatriz.

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Colaborador

Flavia Francellino / Fotos: Cedidas