Como voltar ao trabalho em segurança?

Saiba o que empresários e trabalhadores devem fazer no retorno às atividades

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A pandemia de Covid-19 ainda não acabou. Enquanto pesquisadores correm contra o tempo para encontrar uma vacina que possa combater o vírus, diversas cidades brasileiras, nas quais o número de casos está se estabilizando, estão retomando as atividades econômicas gradativamente. Para Alan de Carvalho, de 46 anos, advogado do Sindicato dos Trabalhadores de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de São Paulo e região (Sinthoresp), muitas empresas foram afetadas pelo isolamento e a quarentena, como as dos setores de serviços e hotelaria.

“Diversos estabelecimentos fecharam e muitas pessoas ficaram sem trabalho. Só não aconteceram mais demissões por conta dos acordos coletivos, com a antecipação de férias e as reduções de carga horária e salários. Em São Paulo, por exemplo, houve a publicação de uma portaria para a retomada das atividades com uma série de regras sanitárias para que os estabelecimentos voltem a funcionar. Uma delas é o uso de máscara e limpeza das mãos com frequência, mas as empresas são obrigadas a disponibilizar o álcool em gel”, afirma Carvalho.

Ele sugere que, antes da reabertura, as empresas orientem seus funcionários sobre as regras de higienização, distanciamento e critérios físicos. “Foi determinado que os restaurantes funcionem com capacidade reduzida, que seja mantida a distância de 2 metros entre as mesas e 1,5 m entre as pessoas e que façam marcações onde há filas, além de disponibilização de proteção de acrílico nos caixas, cobertura da máquina de pagamento com cartão com papel-filme e desinfecção ampla do ambiente”, diz.

Carvalho ainda orienta que o empregado com mais de 60 anos ou que apresente alguma comorbidade converse com seu chefe para ser realocado para um setor com menor contato com o público. “Neste momento, a pandemia une o empregador, o trabalhador e a sociedade e essa retomada de forma consciente vai proteger a vida do cidadão e fazer que não haja retrocesso a um momento pior da pandemia. O trabalhador é o primeiro fiscal de sua saúde”, sentencia

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Colaborador

Eduardo Prestes / Arte: Edi Edson