Como voltar às aulas em segurança?

O que você precisa saber para proteger os seus filhos no retorno à escola

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Diversos Estados brasileiros estão retomando as atividades escolares aos poucos. De um lado, o retorno sofre resistência de uma parcela de pais e de professores, além de médicos, que veem risco de aumento do contágio na volta às aulas. Por outro, há o receio da perda do ano letivo e o comprometimento de aquisição dos conteúdos das aulas, sem contar a pressão de colégios particulares, que registraram queda nas receitas. Por tudo isso, é necessário promover um retorno cauteloso e responsável.

De acordo com a médica pediatra Georgette de Paula, de 39 anos, mestre em saúde da criança e do adolescente pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), para a nova realidade escolar existe um protocolo padrão básico. “Cada Estado e município deve adequá-lo à sua realidade. A Sociedade Brasileira de Pediatria estabelece algumas recomendações para o período de volta às aulas: pais e professores devem procurar se manter informados sobre a Covid-19, os modos de transmissão, os sintomas da doença e as medidas de prevenção por meio de fontes confiáveis, evitando as fake news”, explica.

Ela esclarece que as escolas devem propiciar ambientes arejados, com abertura de janelas. “Atividades ao ar livre devem ser estimuladas. Cabe à instituição evitar aglomerações na entrada, na saída de alunos e nos intervalos, criando horários alternativos para as turmas.

Jogos, competições, festas, reuniões, comemorações e atividades coletivas devem ser temporariamente suspensos e o ensino a distância, sempre que possível, deve ser estimulado”, observa.

Em relação aos testes, ela explica que devem ser realizados em pessoas sintomáticas ou que tiveram contato com casos confirmados. “A maior angústia de pais e professores é se será realizado o controle para que as crianças tenham o mínimo contato entre si. A orientação e a supervisão deles são fundamentais para que possam minimizar tanto a Covid-19 como os danos psicológicos e de aprendizagem. É preciso ter o cuidado de não estigmatizá-las, o que posteriormente pode trazer consequências negativas, como o bullying”, orienta a profissional.

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Colaborador

Eduardo Prestes / Arte: Edi Edson