Compromisso de homem

As tendências atuais do mundo querem afastar a ala masculina de seu verdadeiro papel e de sua identidade

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Infelizmente, “ter palavra” parece ser algo antiquado no mundo atual e cumprir os compromissos assumidos saiu de moda. Tivemos mais de uma década de maus exemplos políticos, por exemplo, em que líderes eleitos pela nação, muitos esquerdistas assumidos, pilharam o País descaradamente, mas juram até a morte que são inocentes. Agora o Brasil arca com as consequências, apesar de aqueles ex-líderes tentarem convencer o povo de que semearam a prosperidade e de que a culpa é de quem acabou de assumir o governo. Nem a hombridade de desarmar a bomba que deixaram têm.

Como o exemplo vem de cima, uma geração de negadores de seus próprios atos agora desponta: jovens que deveriam assumir o papel de homem, mas não conseguem deixar de ser moleques; nunca assumem seus erros e as consequências.

Um é casado, mas quer continuar a ter vida de solteiro (ou, ainda namorando ou noivo, corre da responsabilidade, “enrolando” a mulher e adiando o casamento). Outro entrega um trabalho feito de qualquer jeito aos patrões ou clientes (o que prejudica ele mesmo na seleção para trabalhos futuros). Outro ainda combina comparecer a algum lugar ou evento e falta sem prévio aviso. E, claro, há o que faz votos com Deus e depois vai deixando-os de lado.

Exemplos de situações que sujam a imagem de homem não faltam. São atitudes que combinam mais com um moleque, independentemente da idade. Vale citar que “hombridade” é uma palavra que vem justamente do que significa ser um “homem de verdade”. E esse homem não é o machão que arruma briga no trânsito. É o homem que honra seus compromissos.

A pressão midiática hoje em dia prega a irresponsabilidade, o “deixo a vida me levar”, um jeito de ser que é a mistura de infantil com inconsequente. Tudo menos masculino. Isso se reflete no falar, no vestir, em falta de educação e civilidade, em vícios e em uma lista interminável de defeitos destruidores de caráter. O mal pega qualquer um que não esteja atento às próprias atitudes; qualquer um que não segue um dos maiores conselhos do Senhor Jesus: “Olhai, vigiai e orai”. (Marcos 13.33). O diabo gosta da confusão que há hoje em nossa sociedade, justamente por gerar presas fáceis, que confundem a submissão a ele com ter opinião e ser irreverente, “à frente de seu tempo”. Na verdade, nada é mais antigo do que ser marionete de Satanás ao mesmo tempo em que se acha poderoso. Contrassenso total!

Ser homem, na juventude ou na maturidade, não acontece só por ficar adulto, constituir família, seguir uma carreira. Não. Ser homem requer honra e caráter.

“Homem que é homem”, afirma o Bispo Renato Cardoso, em seu blog, “assume a responsabilidade para si e paga as consequências, não joga a culpa em terceiros. Uma característica importante do homem de valor é que ele não vive na mentira. A sua vida é transparente e não engana os outros. Seu trabalho é sério”.

“Ser homem não é fácil”, ressalta o Bispo, “mas o ‘difícil’ também é parte de ser homem. Nós não gostamos de nada fácil. Queremos desafios. Queremos provar que podemos fazê-lo, que somos maiores do que o problema que nos encara”.

Todo mundo chega àqueles momentos em que dá vontade de ser protegido em vez de proteger, de desistir de tudo. Mas um ser humano completo pelo Espírito Santo tem justamente essa proteção de que precisa. Esse homem não vai fugir dos desafios, mas vai encará-los sabendo que a força do Espírito de Deus em si é maior do que qualquer dificuldade que se apresente. Com o mesmo Espírito, vem o caráter, imprescindível para que o compromisso de ser homem seja cumprido dia a dia. E sim, tudo isso traz satisfação. Como diz o Bispo Renato: “Ser homem não é fácil. Mas nós preferimos assim”.

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Colaborador

Marcelo Rangel / Foto: Getty Images