Contagem regressiva para as eleições: entenda a importância de estar bem informado

Esse é o momento de pesquisar sobre candidatos, propostas e ideias. Quem defende os seus valores?

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Falta pouco mais de um ano para as Eleições de 2022. Na oportunidade serão definidos, simultaneamente, os ocupantes dos cargos de presidente da República, governadores, senadores e deputados federais e estaduais.

Toda essa estrutura é criada para definir um caminho a ser seguido pelo País. Entende-se que os eleitos são representantes do povo, responsáveis por lutar pelos seus interesses e pelos ideais que defendeu durante o período eleitoral. E é nesse ponto que muitos eleitores se perdem: eles deixam para pensar em política poucas semanas antes das eleições e sequer ouvem ou pesquisam o histórico do candidato que desejam eleger. Tem como isso resultar em uma boa escolha? Não.

A política não acontece de tempos em tempos, quando a população vai às urnas. Ela sucede diariamente. Todos os dias, os políticos eleitos tomam decisões que influenciam a vida da população de uma cidade, do estado ou do País inteiro. Aumento ou redução de impostos, leis de combate à violência, diretrizes educacionais, projetos para mobilidade urbana e para a saúde são alguns dos muitos temas debatidos que afetam a vida de todos e que devem ser considerados bem antes das eleições.

Hoje, votar é obrigatório para a maior parte da população brasileira. Todavia, a ação não deve ser vista pelo povo simplesmente como uma obrigação, mas sim como um direito, como a chance de mudar a sociedade por meio de sua escolha coerente.

A política e o cristão
Em edição recente do programa Entrelinhas, no Univer Vídeo, o Bispo Renato Cardoso alertou para alguns mitos que cercam o tema política. Entre eles estão: um voto não faz diferença; o voto pode ser trocado por favores, mesmo sendo ilícito; política e religião não se misturam; política não se discute; ou, ainda, Deus não precisa de política para fazer Sua Obra.

Os mitos vêm da ideia de que a política é algo errado e não deveria se relacionar com algo puro como a fé. Pensamento que é desmistificado pelo Bispo Renato Cardoso: “A política não é uma coisa suja. Política é a arte de governar, é uma necessidade. Sujos são aqueles que usam a política para benefícios próprios. O que é errado é a religião tomar posse do poder político para impor a todos a sua crença. Como também não se deve usar da política para impor algo à religião. A política existe para ajudar as pessoas a viverem bem. Não para cercear suas crenças”.

O Bispo Alessandro Paschoall, no mesmo programa, destacou a responsabilidade que eleger um candidato carrega: “O voto é como se o eleitor estivesse dando uma procuração a alguém para que essa pessoa o represente e tome decisões por ele e pela nação. É essa pessoa que vai prescrever as leis e representá-lo no cenário nacional, estadual ou municipal. Quando a pessoa se abstém disso, é como se ela dissesse: ‘Qualquer um pode ir lá’. Mas, depois, ela reclama do que acontece no País”.

Como fazer a escolha certa?
Consciente da sua responsabilidade, o eleitor precisa estar apto a participar das eleições. Corrija eventuais suspensões do título de eleitor consultando o Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Todos os estados oferecem serviços on-line.

Já para escolher um candidato, é preciso pesquisar, “saber quem ele é, quem ele representa e de que partido ele é”, explica o Bispo Alessandro Paschoall. “Temos visto pessoas ligadas a determinados partidos menos preocupadas em resolver os problemas que estão dentro da nação e mais preocupadas em criar parâmetros ideológicos. Minorias que querem impor a sua voz sobre as maiorias. O que acaba nessa confusão que vemos na Nação”.

Por isso, esteja atento às informações que circularão na mídia ao logo do próximo ano. Sempre questione se o que um candidato diz corresponde às suas atitudes e ao seu histórico. Reflita se esse candidato representa e defende os seus princípios e valores, pois a ele você dará uma procuração para o representar. Pesquise e avalie as consequências de sua escolha.

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Colaborador

Cinthia Cardoso / Foto: Getty images