Coronavírus: tudo o que você precisa saber sobre a doença
"Inteligência e fé" trouxe o médico e professor Anthony Wong para esclarecer sobre o tema
Na programação “Inteligência e fé“, de 31 de março, o médico Anthony Wong (foto acima), toxicologista e pediatra, chefe do Centro de Assistência Toxicológica do Instituto da Criança, no Hospital das Clínicas, na capital paulista, e também professor de medicina na Universidade de São Paulo (USP), trouxe esclarecimentos sobre o Coronavírus (Covid-19).
Infelizmente, parte da mídia tem causado confusão entre as pessoas sobre o real cenário a respeito da nova pandemia. Diante de tantas informações exageradas, o recomendável é que as pessoas se apoiem nos fatos.
Não há necessidade de pânico
Primeiramente, o médico explicou que o Coronavírus não era desconhecido da comunidade médica. “Todo ano, em época de inverno, 3 ou 4 cepas do vírus passam por nós como um resfriado comum. Tecnicamente, o termo ‘gripe’ só se reserva para Influenza A e B. E o ‘resfriado’ é para o Coronavírus, Adenovírus, Rinovírus e todo o resto”, disse.
Wong acrescentou que o “número básico de reprodução” (ou R0), que é uma variável usada para calcular o quão contagiosa é uma doença infecciosa, é praticamente igual entre o Coronavírus e a Influenza, por exemplo.
Então, segundo o médico, o questionamento que fica é: por que não temos receio da Influenza, que é muito mais grave, e damos tanto valor ao Coronavírus? A resposta para essa pergunta está no grande foco promovido pela mídia sobre o tema.
Como é a reação do corpo ao Coronavírus?
Em seguida, o especialista disse que o quadro comum do paciente com Coronavírus consiste em uma duração de 3 a 4 dias. A febre, geralmente, não ultrapassa 38,5 graus Celsius. E cerca de 90% da população que tem os sintomas, recupera-se espontaneamente em um quadro bastante leve.
Somente 10% do grupo requer cuidados especiais. Essas pessoas são encaminhadas ao hospital, por causa de uma pneumonia gerada. Desses 10%, apenas 4% possui a necessidade do encaminhamento para a UTI.
Entretanto, Wong avaliou que a maioria das pessoas nem se quer apresentam os sintomas, após o contato com o Coronavírus.
Qual a solução para o Coronavírus?
Vale acrescentar, que, de acordo com o professor, também é importante que a parte saudável da população adquira anticorpos contra o Coronavírus. Porque, somente assim, uma doença viral deixa de ser um problema para a sociedade. “Esse vírus só vai embora, como em qualquer outro vírus, quando temos de 60% a 65% da população imune a ele”, pontuou. E essa imunidade só acontece com a exposição.
Wang esclareceu que a chamada “quarentena” é um sistema que está ultrapassado. O mais adequado seria adotar o “isolamento vertical”, que se foca nas pessoas de risco. Este método foi escolhido pela Coreia do Sul, um país que tem sido bem-sucedido no combate ao Coronavírus.
Confira o vídeo abaixo e assista à entrevista na íntegra:
Chefe da OMS faz alerta aos países
O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus (foto ao lado), semelhantemente, chamou atenção para os possíveis problemas que alguns métodos de enfrentamento ao Coronavírus podem gerar na população de cada país.
“Cada país tem diferenças. Alguns países têm um forte sistema de bem-estar social e alguns países não. Eu sou da África, como vocês sabem. E eu sei que muitas pessoas realmente têm que trabalhar todo dia para ganharem seu pão de cada dia. Então, os governos têm que levar essa população em conta, ok? Se nós fecharmos ou limitarmos movimentos, o que vai acontecer com aquelas pessoas que têm que trabalhar diariamente e têm que ganhar seu pão numa base diária?”, indagou aos participantes da coletiva.
Cuidado com o sensacionalismo
O programa “Entrelinhas“, do dia 29 de março, revelou o oportunismo político e midiático envolvido com o tema do Coronavírus. Igualmente, assista ao vídeo abaixo:
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