Corrida Contra a FOME 2024
Mais de 300 toneladas de alimentos arrecadadas
No dia 1º de maio, o Parque Ecológico do Tietê, na capital paulista, foi palco de uma das maiores ações de combate à fome já promovidas pela Universal: a oitava edição da Corrida Contra a Fome (segunda em São Paulo).
O evento foi organizado por cerca de 300 voluntários do programa Unisocial e reuniu mais de 12 mil pessoas – entre elas 3,5 mil atletas profissionais e amadores que fizeram os percursos de cinco ou dez quilômetros. Todos os competidores foram contemplados com uma medalha e os cinco primeiros colocados foram premiados com troféus. Também estiveram presentes bispos e pastores da Universal e quem compareceu assistiu a uma apresentação da Banda Universos.
Corrente solidária
Às 7 horas da manhã, o parque já estava lotado de pessoas que foram prestigiar o evento, entre elas familiares e amigos dos atletas, voluntários do Unisocial e muitas outras pessoas que, além de abraçarem a causa, fizeram doações de alimentos.
Marilson dos Santos (de amarelo, na última foto na coluna central), tricampeão da corrida de São Silvestre e bicampeão da maratona de Nova York, entre outras competições, participou pela primeira vez da Corrida Contra a Fome.Questionado sobre o que o motivou a participar da competição cujo objetivo principal não era ser o primeiro colocado, mas contribuir com uma causa solidária, ele destacou que “a motivação para participar é a mesma de todos que estão aqui hoje nessa corrente de solidariedade: ajudar o próximo. É muito bacana poder fazer alguém feliz e nos tornarmos felizes também. A gente se sente bem fazendo o bem para alguém”.
Um trabalho contínuo
A meta, que era arrecadar 300 toneladas de alimentos, foi ultrapassada antes do final do evento, e chegouo a 360 toneladas. Segundo o Pastor Filipe Santos, organizador do evento, os alimentos já têm destino certo. As cestas serão distribuídas para as famílias carentes previamente cadastradas para receber o auxílio do projeto Unisocial. Essas famílias já passaram por uma avaliação, na qual é identificada sua real necessidade: “quando a gente chega na casa da pessoa, temos que identificar se uma cesta é o suficiente.Se uma casa tem oito pessoas, uma cesta não dá para absolutamente nada. Então, temos a preocupação de que o alimento chegue realmente para quem está precisando. Já temos pessoas cadastradas, mas a todo tempo outras surgem. É um trabalho constante”.
O Pastor explicou que a meta, desde o início, foi arrecadar o máximo possível, pois, “quanto mais alimentos, mais pessoas serão ajudadas”. E, como trata-se de um trabalho de arrecadação e doação constante, que ocorre durante o ano todo, quem “não conseguiu ajudar agora pode ajudar futuramente”. Para isso, basta levar sua doação de alimento não perecível à Universal mais próxima. O alimento doado será encaminhado pelo Unisocial às famílias que estão vivendo em situação de insegurança alimentar.
Missão social
Às 8 horas da manhã, pontualmente, foi dada a largada da corrida e, enquanto os atletas faziam o percurso, os apresentadores Ticiane Pinheiro e Thiago Gardinali, ambos da Record, convidados para participar do evento, interagiam e animavam o público.
“Para mim, é uma honra ser convidada para estar aqui porque é um evento que une duas coisas: o amor e o esporte. Eu digo o amor na arte de doar, de fazer o bem”, declarou Ticiane. “A Corrida Contra a Fome é porque a fome tem pressa. Muitas pessoas não têm o privilégio de ter um café da manhã, um almoço e um jantar. Então, estar aqui, de alguma forma ajudando, doando um quilo de alimento ou uma cesta básica é muito importante. Eu estou muito feliz”, afirmou.
Já Gardinali afirmou que “eo evento faz uma contribuição à sociedade extremamente essencial porque nós estamos atravessando um período de aumento de famílias em situação de vulnerabilidade social. Então, a partir do momento que um evento consegue tantas doações para que sejam distribuídas para essas famílias o significado é ainda maior. Eu venho aqui com satisfação, com vontade de cumprir uma missão, a missão de evangelização e a missão social da Universal com a qual eu me identifico muito”.
O papel da Igreja
O Bispo Adilson Silva, responsável pelo trabalho da Universal em São Paulo, relatou que “a mesma Bíblia que fala da fome espiritual fala também da fome física e de repartir o pão com o faminto, então, a Igreja tem como quase uma obrigação fazer esse papel de mobilizar as pessoas para que, se não resolvermos o problema – porque a gente sabe que essa arrecadação não vai resolver definitivamente – mas minimizá-lo. Jesus falou do pão nosso de cada dia para hoje, então esse alimento vai chegar à mesa das pessoas necessitadas e tenho certeza que vai suprir essa necessidade”.
Foi também o Bispo Adilson Silva quem orou pelos trabalhadores durante o evento. Na ocasião, ele afirmou que “se, por um lado, nós estamos aqui, neste momento de solidariedade para ajudarmos a quem precisa com alimento, por outro lado, eu gostaria de falar de um outro tipo de fome que existe e que a maioria das pessoas não se atentam para ela: a fome da alma”.
O Bispo então destacou a passagem bíblica descrita em Mateus 4.4, na qual o Senhor Jesus diz: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda Palavra que procede da boca de Deus”. E, a seguir, ele orou por todos os trabalhadores, para que as bênçãos de Deus fossem derramadas sobre cada um deles.
Conscientização
O bispo André Santos, que está licenciado da Universal porque exerce mandato de vereador de São Paulo (Republicanos), esteve presente ao evento e destacou a importância de cada um fazer a sua parte para que o problema da fome em nosso país seja amenizado: “mais do que nunca é importante manter a nossa sociedade de modo geral atenta à situação da fome. Então, muito mais importante do que as pessoas trazerem sua doação é a conscientização de que, se todo mundo fizer a sua parte, vamos conseguir diminuir muito essa situação que, infelizmente, é uma realidade muito triste no nosso país”.
Verdadeiros vencedores
“O legal dessa corrida contra a fome é que todo mundo se uniu por uma causa. Quem vai ganhar são as pessoas que serão beneficiadas. Quem vai perder? A fome. Esse foi o propósito. Ninguém veio para competir. Não era esse o sentido da corrida. As pessoas vieram com um propósito: ajudar o próximo. Todos movidos por esse espírito de solidariedade”, comemorou o Pastor Filipe.