Corticoide é capaz de reduzir as mortes de pacientes de COVID-19

Segundo o imunologista brasileiro Roberto Zeballos, medicamento deve ser administrado na fase inflamatória pulmonar e já foi utilizado como tratamento no Brasil

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Estudo da Universidade de Oxford, no Reino Unido, apontou um corticoide como sendo o primeiro remédio capaz de reduzir as mortes de pacientes em estado grave, infectados pelo novo coronavírus, de maneira demonstrada pela ciência. A dexametasona reduz inflamações – um dos problemas causados pela COVID-19 -, e desde a década de 1960 é usada no tratamento para artrite reumatoide e asma, por exemplo.

Segundo a pesquisa, o risco de morte entre os pacientes que fazem uso de respiradores caiu de 40% para 28%. Já para aqueles que estavam utilizando oxigênio a taxa foi de 25% para 20%. O estudo avaliou 2 mil pacientes que tomaram o remédio e tiveram os dados comparados a outros 4 mil que não fizeram uso do corticoide. O Reino Unido já incluiu a medicação no tratamento de pacientes de COVID-19 no país.

Em nota, a Organização Mundial da Saúde (OMS) repercutiu o avanço científico feito pelos pesquisadores. A dexametasona se encontra na lista de medicamentos essenciais desde 1977.

Uso de corticoides no Brasil contra a COVID-19

No Brasil, pacientes com a COVID-19 também têm sido tratados com corticoides e os resultados são positivos. Segundo o imunologista Roberto Zeballos, o uso do medicamento deve ser feito na fase inflamatória pulmonar, uma etapa aguda da doença. Ele relata como o tratamento com um tipo de corticoide obteve resultado diante de um colapso da saúde no estado do Pará. Assista ao vídeo abaixo com a declaração do especialista, exibido no Jornal da Record, e entenda:

Estudos envolvendo o uso de corticoides para o tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus no Brasil acontecem em outros estados, além do Pará. Uma pesquisa da Coalizão COVID Brasil – grupo formado por grandes hospitais e laboratórios -, coordenada pelo Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, teve início em abril para avaliar a efetividade da dexametasona.

Em nota, o hospital divulgou que são avaliados pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo e estão em ventilação mecânica nas UTIs de 40 hospitais, em todas as regiões do País. Os primeiros resultados da pesquisa devem sair em agosto desse ano.

Pesquisas avançam na prevenção da doença

Além do avanço no tratamento, Oxford também é uma das principais responsáveis na busca pela prevenção da COVID-19. Clique aqui e saiba mais sobre a vacina desenvolvida na Universidade, que será distribuída no Brasil.

Ademais, o Brasil vai testar mais uma vacina contra o novo coronavírus, chamada de Coronavac. Os testes devem começar em breve, em uma parceria entre a empresa chinesa Sinovac e o Instituto Butantan, em São Paulo.

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Colaborador

Redação / Foto: Getty Images