Costa do Marfim: entidade que cuida de cegos recebe 400 cestas básicas
Iniciativa deve beneficiar quase 400 pessoas e pretende aliviar as dificuldades em que vive o Instituto Nacional Ivoirien
Nesta quarta-feira (25), o programa Unisocial realizou a distribuição de 400 cestas básicas para o Instituto Nacional Ivoirien. A entidade, que vive apenas de doações, fica no bairro de Yopougon, localizado na cidade de Abidjan, Costa do Marfim. O objetivo do trabalho realizado é cuidar de pessoas cegas.
A Costa do Marfim tem uma economia essencialmente agrária, baseada, especialmente, no cacau. De acordo com dados do Banco Mundial, o país cresceu mais de 8% entre 2012 e 2019 e resistiu bem à pandemia de Covid-19. No entanto, ainda ocupa apenas o 120º lugar entre 167 países no índice de prosperidade do Instituto Legatum; para se ter uma ideia, o Brasil é o 66º colocado. Neste ranking, “prosperidade” inclui a economia, mas, também, liberdade, estabilidade burocrática e oportunidades para os cidadãos.
Responsável pela ação da Unisocial na Costa do Marfim, Paulo César enfatiza que, apesar da importância do alimento físico, o programa também leva suporte emocional aos beneficiados. Ele também fala sobre a situação atual do Instituto Nacional Ivoirien e do país: “A entidade sofre pela falta de abastecimento alimentar. E a população, na grande maioria, tem dificuldades para obter o alimento básico do dia a dia”, conta. O programa social é mantido pela Igreja Universal desde 2017 e já beneficiou mais de 840 mil pessoas pelo mundo.
Fome não espera
A doação das cestas básicas na Costa do Marfim beneficia quase 400 pessoas: crianças, jovens e idosos cegos que vivem no Instituto Nacional Ivoirien, bem como seus familiares. A Unisocial informa que, no total, as doações incluem: 400 sacos de arroz de 5kg; 400 kg de sal; 400 garrafas de óleo; 400 kg de açúcar; 400 pacotes de macarrão; e 400 pacotes de massa de tomate.
Gouléi Fidèle, 39 anos, foi um dos 30 voluntários presentes no evento. Ele destaca a importância de uma assistência ao mesmo tempo emocional e social. Fidèle deixa uma mensagem para os mais necessitados do mundo todo: “Não desanimem com os problemas do dia a dia e fiquem firmes”.
Tanto este recado quanto o auxílio da Unisocial alcançaram Coulibaly Rebecca, 29 anos, uma das centenas de pessoas assistidas pela iniciativa. A jovem cega diz que a ajuda significou muito para ela: “Por meio desse trabalho, nós recebemos o alimento físico, mas também o apoio emocional que nós, cegos, precisamos. Estamos muito gratos por tudo”.