COVID-19: parece que o pior já passou
1,9 milhão já foram curados e hospitais de campanha estão sendo desativados
A pandemia do novo coronavírus mudou o comportamento das pessoas. A rapidez com que o vírus se espalhou em escala mundial, inclusive no Brasil, logo trouxe efeitos imediatos. O primeiro deles foi o medo de ser infectado por uma doença que se espalha entre as pessoas pelo ar, por meio de gotículas de saliva, espirros, acessos de tosse ou por contato próximo e superfícies contaminadas.
Cuidados como o uso de álcool em gel, luvas e máscara tiveram que ser incorporados rapidamente ao dia a dia de todos. Isolamento social, lockdown e quarentena passaram a fazer parte do vocabulário das pessoas, além de ações, principalmente, diante do aumento de casos e de mortes. Os números referentes a essa elevação, divulgados amplamente e exaustivamente na mídia, fizeram crescer o temor diante da doença e não foi sem razão, afinal ela pode matar.
As pesquisas sobre o vírus aumentaram velozmente, mas, enquanto cientistas brasileiros e de diversas nações tentam entender como o vírus age e buscam uma vacina, a desinformação se tornou um contrapeso para aumentar o pânico entre a população. Fake news, espalhadas nas redes sociais como o Facebook e WhatsApp, causaram problemas, disseminando conteúdo falso sobre curas ou vacinas caseiras que não têm nenhum efeito.
Dessa forma, muita informação importante e que pode contribuir para a diminuição do medo e a volta parcial e gradativa da população à normalidade não é divulgada ou não é explorada como deveria por alguns grandes veículos de comunicação. Parece haver uma torcida para que a situação se agrave mais a cada dia.
Para ilustrar o assunto, estima-se que cerca de 7,4 milhões de pessoas diagnosticadas com Covid-19 já se recuperaram. O Brasil registrou, no início do mês de agosto, 1.884.051 pessoas recuperadas da doença. O número de curados é superior à quantidade de casos ativos (748.585 pessoas em acompanhamento médico) registrados até o fechamento desta edição, segundo o Ministério da Saúde.
Hospitais fechados
Na Bahia, por exemplo, o Hospital de Campanha Fazendão foi fechado no início de junho em virtude da boa performance da rede estadual ao absorver a demanda de doentes. Em São Paulo, o Hospital de Campanha do Estádio do Pacaembu foi desativado no final desse mesmo mês em razão da baixa taxa de ocupação. No mesmo período, em Minas Gerais, o hospital de campanha montado no Expominas permanecia com seus leitos vazios porque não havia solicitação de demanda da Secretaria Estadual da Saúde local.
Embora as pesquisas em torno de uma vacina estejam avançando, o vírus deve permanecer por um bom tempo em nossas vidas. Para enfrentá-lo, vale manter os cuidados: uso de máscaras e de álcool em gel e adoção de outras medidas que impeçam a disseminação.