Crianças são as maiores vítimas de estupro no Brasil
A cada 8 minutos, uma mulher é violentada. A maioria delas tem menos de 14 anos de idade
A cada oito minutos, uma mulher é estuprada no Brasil. O número de vítimas desse tipo de crime, em 2019, ultrapassou os 66 mil. Isso apenas considerando os casos denunciados. Acredita-se que menos da metade das vítimas vão à Justiça.
Os números são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2020, divulgado essa semana. De acordo com o documento, 57,9% das vítimas tinham menos de 13 anos de idade. Ademais, em 70,5% das vezes os crimes foram cometidos quando a vítima estava impossibilitada de reagir (quer por ter menos de 14 anos de idade ou sofrer com alguma doença, por exemplo).
Outro número alarmante, e que dificulta o ato de denunciar, é que, em 84,1% dos casos, os agressores eram familiares ou pessoas de confiança da vítima. Ou seja: raramente o estuprador é alguém desconhecido.
Diante de todos esses dados, torna-se fundamental o trabalho desenvolvido pelo Projeto Raabe.
Busque apoio!
Após um crime hediondo como esse, a mulher encontra-se em um estado vulnerável, quase sempre sentindo-se insegura e solitária. Até por isso, muitas têm medo de denunciar seus agressores. É preciso, acima de tudo, encontrar o equilíbrio.
E aí que o Raabe se torna tão importante.
“Mulheres chegam ao Projeto Raabe desacreditadas, sem vida no dia a dia, aspecto emocional abalado, sem autonomia ou recursos pessoais e econômicos, às vezes, ameaçadas, sem acreditar nas suas potencialidades”, explica o site do Projeto. “Envergonhadas diante dos familiares, sofrendo caladas e sozinhas, autoestima sem existência, desprovidas de autodeterminação, sem conhecimento dos seus direitos, com muitas dúvidas e incertezas, humilhadas e como medo para reagir.”
De acordo com a responsável pelo projeto, Fernanda Lellis, o Raabe possui uma estrutura de acolhimento às mulheres vítimas de qualquer tipo de violência. Essa estrutura conta com orientação psicológica, espiritual e até assistência jurídica. O objetivo é recuperar a mulher emocionalmente e auxiliá-la a tomar a decisão mais acertada tanto na busca por Justiça quanto na retomada de sua vida cotidiana.
“Disponibilizamos advogadas, assistentes sociais e psicólogas para atenderem às mulheres que entram em contato conosco. E, claro, o apoio emocional e espiritual. Orientamos que esta mulher busque, primeiro, um local seguro, apoio da família. E, até mesmo de abrigos do governo para mulheres que estejam em situação de risco”, afirmou Lellis.
Conforme informa o site do Projeto, “toda ajuda é necessária, porém o mais importante é a mulher não alimentar o mal e achar que está sozinha. Tomar coragem e buscar se atualizar quanto à Lei, decidir denunciar, aproveitando o apoio do projeto Raabe, que oferece serviços gratuitos diariamente”.
Clique aqui e saiba onde encontrar o Projeto Raabe. Ou consulte o Projeto pelo WhatsApp, no número (11) 95349-0505.