Cristãos perseguidos na Somália: A perseguição religiosa na Somália atingiu níveis alarmantes. Em pleno século 21, aceitar a fé cristã ainda pode significar perder tudo: família, filhos e até a própria vida. Este é o caso de Fatuma Hussein, uma mulher de 30 anos que decidiu seguir a Cristo e, como resultado, foi expulsa de casa, separada de seus filhos e ameaçada de morte.

Embora o mundo avance em tantas áreas, a liberdade religiosa em países como a Somália continua estagnada, ou pior, retrocede. Ao contrário do que se esperaria em uma era de diálogo e direitos humanos, o cenário somali revela uma triste realidade: seguir a Cristo ainda exige coragem extrema.

Por que isso importa:

De acordo com informações do Christian Post, Fatuma encontrou Jesus em segredo. Quando conheceu uma equipe cristã em 15 de março, estava aflita, dizendo-se ameaçada por Jinns (extremistas islâmicos). No entanto, após orarem por ela, seu coração se encheu de paz. Ela testemunhou isso dias depois, convidando os missionários de volta e oferecendo até dinheiro por mais orações — oferta que recusaram, deixando claro: “a salvação é um presente gratuito de Deus”.

A transformação foi profunda. Fatuma ouviu a voz de Deus, recebeu o Evangelho com alegria e entendeu que, mesmo perseguida, estava nas mãos do Altíssimo. Mesmo assim, ao compartilhar sua nova fé com o marido, enfrentou fúria e rejeição. Ele a expulsou de casa sem os filhos, e sua família biológica completou a tragédia: a espancaram e ameaçaram matá-la por compartilhar Cristo com a irmã.

Ainda que sofra, Fatuma continua firme. Ela disse:

“Perdi meus filhos, mas a paz de Deus continuará confortando meu coração.”

Sua fé a sustenta, mesmo sem segurança, abrigo ou sustento garantido. No entanto, ela não perde a esperança. Pelo contrário, pede orações e apoio de cristãos ao redor do mundo para permanecer firme e não se tornar um peso para ninguém.

O que isso revela:

Casos como o de Fatuma mostram que a perseguição contra cristãos não é apenas uma ameaça distante. Trata-se de uma realidade cruel que atinge milhares de pessoas diariamente.

A Somália, por exemplo, ocupa o segundo lugar na Lista Mundial de Perseguição 2025 da Portas Abertas — o que não é surpresa. A Constituição local impõe o islamismo como religião oficial e proíbe qualquer divulgação de outra fé. Além disso, a Sharia (sistema jurídico do Islã, um conjunto de normas que orienta a vida dos muçulmanos) é aplicada sem exceções, e a pena de morte por apostasia é aceita.

Além disso, o grupo extremista Al Shabaab, aliado da Al-Qaeda, age livremente, impondo terror sobre aqueles que ousam escolher um caminho diferente da fé islâmica. Por isso, a coragem de Fatuma não é apenas admirável — ela é um testemunho vivo de que o Evangelho continua se espalhando, mesmo nas regiões mais hostis.

O que fazer agora:

Diante dessa realidade, a pergunta que precisa ser feita é: o que nós, como cristãos, temos feito com a liberdade que possuímos?

No Brasil, ainda podemos pregar livremente, reunir-nos em igrejas e ler a Bíblia sem medo. No entanto, muitos permanecem em silêncio. Por isso, o testemunho de Fatuma deve nos despertar.

Precisamos aproveitar todas as oportunidades que temos para evangelizar.

Reflita:

A perseguição, como Jesus alertou, faz parte do caminho daqueles que O seguem. O Bispo Renato Cardoso declarou:

“Quando você se propõe a ser um verdadeiro seguidor do Senhor Jesus, você tem que estar pronto para ser perseguido. O próprio Senhor Jesus falou isso. Se perseguiram a mim, perseguirão a vocês também.”

E ainda acrescentou:

“Você não precisa estar em um país de perseguição explícita para ser perseguido. Se você segue de verdade o Senhor Jesus, você vai enfrentar perseguição em qualquer lugar.”

Portanto, não devemos nos acovardar diante das dificuldades. Pelo contrário, precisamos seguir firmes, lembrando que o Senhor nos prometeu:

“Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.” (Mateus 5:10)