Cuidar para acolher

Grupo Universal Socioeducativo faz trabalho com os familiares de jovens internos para ajudá-los no retorno ao convívio social

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Há 25 anos a Universal atua nas unidades para menores que infringiram a lei e, ao longo desses anos, o trabalho expandiu-se para todo o Brasil e outros países. Atualmente, as atividades do grupo Universal Socioeducativo (USE) atende 360 unidades socioeducativas das 476 em todo o País.

Além da preocupação em levar auxílio emocional, psicológico, material e, sobretudo, espiritual aos menores que cumprem medidas socioeducativas, os 3 mil voluntários do grupo também têm alcançado os familiares desses jovens.

Há pouco mais de 6 meses, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, o grupo faz uma ação com os familiares, visitando as residências, levando a Palavra e a consciência de que o adolescente precisa de uma família estruturada espiritualmente para ajudá-lo no retorno ao convívio familiar e social.

“A falta de uma estrutura familiar tem levado muitos jovens a optar pelo mundo da criminalidade. Sabemos que esses adolescentes, uma vez em liberdade, se não encontrarem o apoio na família certamente voltarão para o crime. Por isso, temos realizado este trabalho intenso com os familiares”, relata o Pastor Marco Aurélio Domingues, responsável pelo grupo Socioeducativo na cidade paulista.

Vidas transformadas

Cerca de 300 famílias têm sido atendidas por meio deste trabalho, como a do estudante Ariel de Holanda Ribeiro, de 18 anos (na foto abaixo), que por 2 anos da sua adolescência ficou recluso em uma unidade socioeducativa. Hoje, ele reconhece a importância do trabalho do grupo com sua família e conta como teve sua vida totalmente transformada.

“Enquanto eu estava lá dentro, vários pensamentos passavam em minha mente, não tinha mais vontade de viver, fiz pactos com entidades pensando que resolveria meus problemas, mas eles só aumentavam. Enquanto isso, minha mãe era acompanhada pelos voluntários que oravam por mim durante as visitas em casa. O trabalho do grupo também acontecia dentro da unidade onde eu estava e, participando das reuniões, eu percebi que esses pensamentos não iam me levar a nada. Foi quando tomei uma atitude de fé e determinei que tudo seria novo. Depois de 17 dias que eu havia me entregado a Jesus, recebi minha liberdade e fui recebido por minha família, que deu total apoio na minha recuperação”, conta o jovem.

Uma casa edificada sobre a Rocha, como Jesus nos ensina, vence tudo e permanece inabalável, por isso, o objetivo do grupo é ensinar as famílias a se estruturar na Palavra de Deus e apoiar familiares, como a mãe de Ariel (na foto acima com o filho). “Agradeço aos voluntários que me apoiaram durante esse período difícil que passamos. Eles acreditaram na recuperação do meu filho e isso foi muito importante para mim”, concluiu Eliete Francisca de Holanda, de 38 anos.

Como se dá o trabalho

O trabalho começa na portaria das unidades de internação, em dias de visita. Uma equipe se reúne, realiza orações junto aos familiares e durante o atendimento faz um convite para que possa visitar o lar desses familiares. A partir de então, passam a acompanhar aquela família.

O empresário Ademar Alves dos Reis, de 43 anos, é voluntário do grupo e contou como é importante para ele fazer parte deste trabalho. “Para mim é uma honra; aqui vemos a real necessidade de levar a Palavra de Deus, não apenas aos internos, mas também à família que sofre tanto quando o adolescente que está recluso. Quando ensinamos a família a usar a fé sabemos que dará frutos. Essa é a nossa recompensa, não apenas ver o adolescente bem, mas ver uma família reconstruída”, disse.

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Quer ser um voluntário do grupo e levar a Palavra para quem tanto precisa? Então, não perca mais tempo, encontre aqui o endereço de uma Universal mais próxima de sua casa e se informe com um pastor.

Para conhecer outras ações do USE, acesse e curta o perfil oficial do grupo no Facebook.

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Colaborador

Por Michele Roza / Fotos: Cedidas e Arquivo Pessoal