A professora Cristiane Rodrigues, de 44 anos, estava na Presença de Deus quando passou a se encantar pelo mundo. No início, ela se sentia feliz, livre e realizada. Foi nesse período, há duas décadas, que conheceu Anélio Rodrigues, servidor público de 54 anos. Eles logo começaram a namorar, depois foram morar juntos e se casaram no civil em 2005.

Mas a relação deles sempre foi conturbada, como ela relata: “Ele bebia descontroladamente e brigávamos muito. Cheguei a ponto de esquentar água para jogar nele, trancar a porta e deixá-lo do lado de fora ou preso em casa para que não saísse para beber com os amigos. Com o passar do tempo, começaram as agressões físicas”.

Ajustando os objetivos

A família de Cristiane sempre a convidava para retornar à Universal e ela ia a contragosto, o que mudou com a situação insustentável que vivia no casamento e a fez querer ir à Igreja. Ela foi, mas com as intenções erradas: ela queria lutar pelo casamento e pela mudança do marido.

Ela conta que, antes de completar dois anos de casada, o pastor fez um questionamento durante uma reunião que chamou sua atenção: “Como pode uma pessoa que está se afogando salvar outra que está também se afogando?” Ela diz como reagiu à mensagem: “Aquilo mexeu comigo. Pensei: ‘Realmente! Como pode? Eu não estou bem e estou buscando pelo meu marido’. Então, comecei a buscar por mim”.

Ela se batizou nas águas, voltou a orar e a ler a Bíblia e buscou pelo Espírito Santo. O desejo de ver Anélio convertido permanecia e ela ainda fazia propósitos por ele, mas seu objetivo era mudar a si mesma e, com o auxílio do Autor do Amor, agir com sabedoria. Quer saber como ela fez isso? Pelo fato de seu marido sempre recusar seus convites para ir à Igreja, ela sutilmente compartilhava versículos que chamavam sua atenção.

Primeiro a Palavra, depois a igreja

Ela compartilha qual foi o resultado dessa atitude: “Ele começou a ter interesse pela leitura da Palavra de Deus. Às vezes, quando estava no trabalho, ele me ligava e dizia: ‘Estou lendo isso aqui e não estou entendendo’. Eu explicava para ele. Ele começou a devolver o dízimo, deixou de comprar bebidas alcoólicas e vi que Deus estava fazendo Sua Obra”.

Até que, certo domingo de manhã, ele pediu à esposa: “Passa uma roupa para eu ir à Igreja com você.” Ela o atendeu e viu seu marido, pela primeira vez, acompanhá-la. Ele logo se libertou do vício em bebidas, se batizou nas águas e também recebeu o Espírito Santo. Quando ambos passaram a ter o Autor do Amor habitando neles, o casamento foi transformado.

Se ela não tivesse compreendido que precisava buscar por si mesma, em vez de focar no marido, os conflitos no casamento continuariam. Foi ao ver a mudança da esposa e o modo sábio com que ela passou a agir e reagir que ele desejou passar pela mesma transformação. “Hoje, graças a Deus, eu e meu marido servimos a Deus como obreiros, como profetizei tantas vezes quando ele ia me buscar na igreja após a reunião e ele ria. Sei que, em Nome do Senhor Jesus, Deus vai honrar muito mais a nossa fé”, conclui.

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