Em quem você pensa quando fala a palavra teimosia? Certamente, você conhece ou já conheceu alguém que insiste em fazer tudo do seu próprio jeito, mesmo que as coisas estejam dando errado e alguém o oriente a mudar de direção. Pode ser que você mesmo seja essa pessoa.

Muitos acreditam que nunca desistir é sinal de perseverança ou de força, mas nem sempre a insistência é uma virtude – muitas vezes, é só teimosia mesmo. E essa atitude pode atrapalhar não apenas sua vida cotidiana, mas seu relacionamento com Deus.

A pessoa teimosa comumente é chamada de cabeça-dura e turrona. Ela se recusa a ceder, o que revela certa falta de humildade. A Bíblia compara a obstinação à idolatria (1 Samuel 15), visto que a pessoa só se importa com o que ela pensa e quer, e mostra que foi por esse motivo que o primeiro rei de Israel perdeu seu reinado.

Insistir no que é bom
Já o perseverante insiste, mas em fazer o que é certo, mesmo que isso contrarie a sua própria vontade. Por isso, é considerado determinado, corajoso, inabalável e, sobretudo, pacientes para alcançar os objetivos.

O Bispo Edir Macedo esclarece que a pessoa perseverante permanece firme nas promessas do Senhor Jesus, ainda que o mundo desabe sobre a sua cabeça. Ela se mantém firme, de pé, com o seu espírito e coração humildes na expectativa do cumprimento da Palavra de Deus.

Já os teimosos são os cabeçudos, diz o Bispo. Esses, mesmo sabendo que estão errados, mantêm-se nessa postura e querem provar que estão certos. “É o orgulho. Se mantêm assim e se arrebentam depois”, afirma o Bispo.

O perseverante, de acordo com o Bispo, não dá ouvidos a nada que contraria a sua fé, como foi o caso de Noé. “Ele estava em um mundo como o nosso, perdido, mas perseverava na sua lealdade e fidelidade a Deus. Ele era um homem justo e manteve-se assim e alcançou a bondade de Deus”, cita.

E, enquanto o orgulho é a característica marcante do teimoso, a humildade caracteriza o perseverante, que sempre está submetendo suas escolhas a Deus e tem a sensibilidade de pedir ao Criador que lhe revele se está andando no caminho correto ou se está vivendo de acordo com a própria vontade e não está se dando conta disso. “Isso chama-se fé com inteligência, fé aliada com o racional, com o entendimento”, ensina o Bispo.

O fim do teimoso
Deixar de ser teimoso é parar de insistir no erro, mas para que essa mudança seja profunda e verdadeira é preciso um sincero arrependimento. São necessárias mudanças de pensamento, de comportamento e de atitudes. É preciso reconhecer que o seu jeito não é o certo e escolher viver de acordo com o que Deus diz, não com o que você pensa que seja o certo. Essa decisão envolve não se importar com críticas, como Noé também não se importou. “Noé encontrou graça diante de Deus e lutou para construir aquela arca que veio salvar a si mesmo e toda a sua família”, lembra o Bispo.

O apóstolo Paulo disse em sua carta aos Romanos 2.5-7: “Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus; O qual recompensará cada um segundo as suas obras; a saber: A vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e incorrupção; Mas a indignação e a ira aos que são contenciosos, desobedientes à verdade e obedientes à iniquidade”.

O Bispo explica: “primeiro, ele [Paulo] falou da dureza de alguns, referindo-se à insensibilidade em relação à Palavra de Deus. Isto é, há muitas pessoas que, embora tenham ouvido tantas mensagens, continuam com a mente endurecida e não se submetem à Verdade. Depois, citou o coração impenitente, ou seja, um coração que não se arrepende, pois é obstinado no erro e no pecado. Paulo deixa claro que tais pessoas estão entesourando (acumulando) para si a ira de Deus, que se manifestará no Juízo, no dia em que Ele executará a Sua ira contra todos os desobedientes”.

E, se você tem dúvidas se está sendo teimoso ou perseverante, reflita sobre a Palavra de Deus e o que ela diz a respeito de seu comportamento. Aja enquanto é tempo.