“Descobri que havia atropelado uma pessoa e não prestei socorro”
Para lidar com a frustração da vida amorosa e com a depressão, Sandra Soto se anestesiava com drogas e bebidas
Após sofrer um acidente de carro em que quase perdeu a vida, Sandra Soto, secretária executiva trilíngue, de 48 anos, chegou à Universal por meio de um convite de sua mãe. “Cheguei na cadeira de rodas, buscando me reencontrar, já que antes frequentava outra igreja e estava afastada da Presença de Deus. Fiquei na Universal por dois anos, mas não conseguia ter intimidade com Deus, então me cansei de viver na igreja, de buscar, e me afastei. Tinha 22 anos quando fui para o mundão”, conta.
Durante boa parte de sua vida, seus maiores problemas estiveram ligados à área amorosa, com relacionamentos frustrados desde a adolescência por conta de sua baixa autoestima e do ciúme excessivo. Após o término de um namoro, Sandra decidiu estudar um período na Nova Zelândia.
Mesmo em outro continente, a frustração amorosa continuava: “ninguém da Nova Zelândia me queria e eu me entreguei às drogas, à prostituição, ao lesbianismo e à bebedice”.
De mal a pior
Retornando ao Brasil, Sandra iniciou um novo relacionamento que durou três anos, mas ela diz que aqueles foram os piores anos de sua vida porque era rejeitada pelo namorado e, para lidar com essa frustração, ela buscava refúgio na bebida. Quando o namorado terminou o relacionamento, Sandra lembra que ficou depressiva. “Fui para as drogas para sanar e emudecer essa dor. Fui para casa de prostituição, swing, mas sempre muito alcoolizada e com drogas”, cita.
Sandra se recorda do pior momento que enfrentou: “voltando de uma balada, eu estava muito anestesiada por misturar álcool com remédios para emagrecer, mas entrei no carro. De repente, enquanto dirigia, achei que tinha passado por cima de um cone ou subido na calçada e fui embora, até que recebi uma intimação e descobri que havia atropelado uma pessoa e não prestei socorro. Eu estava totalmente embriagada, desconectada de mim, numa depressão horrível e tão forte que não percebi que atropelei uma pessoa”.
Por conta disso, ela precisou se apresentar à polícia mensalmente durante dois anos e acabou perdendo o emprego, o que piorou ainda mais sua depressão e sua dependência em bebidas e drogas.
Despertando
Um dia, o rapaz com quem Sandra se relacionava a chamou para sair e ela recusou o convite. Assim que ele foi embora, Sandra sentiu um remorso e decidiu procurá-lo, mas não o encontrou. “De repente chegou a notícia de que ele havia falecido. Ele foi usar drogas nos trilhos do trem, escorregou e o trem passou por cima dele. Aquele momento foi um despertar”, lembra.
Após certo tempo, Sandra decidiu dar mais uma chance para a fé e se voltou para Deus. “Quando coloquei meus pés na Universal novamente, Deus se manifestou na minha vida de uma maneira tão sobrenatural que até duvidei. Fui me entregando, me restaurando, me batizei nas águas e recebi o batismo com o Espírito Santo. Desde que pisei na Universal a minha vida não foi mais a mesma. Estou liberta de tudo, mas a glória é de Deus. Foi Ele que me tirou do monturo, da lama e do inferno de onde estava minha alma, e hoje O sirvo com devoção”, finaliza.