Detentas gaúchas aprendem a plantar e preparar o próprio alimento de modo saudável
Cursos de “Higienização e Manipulação de Alimentos'' e de “Técnicas para a Produção de Hortaliças" foram oferecidos pela UNP
Neste mês de julho, o programa social Universal nos Presídios (UNP) ofereceu cursos que melhorarão a qualidade da alimentação destinada às detentas de duas penitenciárias femininas gaúchas, além de auxiliar na ressocialização das presas.
Na cidade de Guaíba, foi realizado um curso de “Higienização e Manipulação de Alimentos” para as presas que trabalham na cozinha da Penitenciária Estadual Feminina. Como material de apoio, a UNP forneceu uma apostila com conteúdo didático. Ao final, elas receberam um certificado de conclusão.
A voluntária Jessica Neves de Oliveira Rodrigues, nutricionista que ministrou as aulas, explicou que o curso proporciona “procedimentos de boas práticas em locais onde há produção de refeições, para garantir as condições higiênico-sanitárias dos alimentos preparados, evitando possíveis Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs)”.
Já na capital Porto Alegre, a UNP ofereceu uma vídeo-aula com um técnico agrônomo para as detentas da Penitenciária Feminina Madre Pelletier. O estabelecimento possui uma horta que os próprios voluntários do programa social ajudaram a criar, colaborando com insumos, como adubo, sementes e mudas de legumes e verduras.
“Este curso ajuda a compreender as técnicas para a produção de hortaliças, desde a preparação de solo e de mudas, manuseio com adubação, introdução de composteira para preparação de adubo orgânico, cuidados com o plantio e a utilização das hortaliças no cardápio”, relata o voluntário Matheus Barcellos Werhli.
Além das aulas, a UNP doou 250 kits de higiene, além de chinelos, camisas brancas e 20 pacotes de sementes para essa penitenciária.
Charles Almeida Aguiar, responsável pelo programa social no Rio Grande Sul, avalia que cuidar de uma horta também funciona como uma terapia para as detentas, mas que elas precisam de informações técnicas. “A grande maioria delas não sabe mexer com a terra e não sabe plantar. São poucas as detentas que entendem, que já trabalharam em lavoura.”
A UNP foi instituída pela Igreja Universal do Reino de Deus há mais de 30 anos para auxiliar na ressocialização de detentos, amparar os familiares deles e apoiar os agentes penitenciários. Em 2020, as ações do programa social beneficiaram 1,4 milhão de pessoas no Brasil, graças à colaboração de 31,9 mil voluntários.