Verônica Barros da Silva tem 40 anos e é bombeira profissional em Salvador (BA). Há dois anos, ela passou por uma verdadeira prova de fogo relacionada não à profissão, mas à saúde. Ela conta como foi o dia em que tudo começou: “o meu horário de trabalho é sempre à noite. Eu pego sempre às duas horas da manhã e largo às cinco horas da manhã, principalmente durante eventos. Eu estava trabalhando num camarote no carnaval e me senti mal. Estava com taquicardia, falta de ar e um desconforto terrível. Falei com meu instrutor e pedi para ir embora”, recorda.

Ela foi para casa e, como o incômodo não passava, Verônica foi ao posto de saúde no bairro onde mora. “Eu suspeitava que fosse covid-19. A médica me examinou e pediu um raio X do tórax. Fui a uma clínica para fazer o exame. O profissional que me atendeu perguntou se eu tinha sofrido algum tipo de acidente, pois o exame apresentava uma alteração. Respondi que não e ele recomendou que eu levasse o raio X para que a minha médica avaliasse”, relata.

Ao se consultar novamente, ela recebeu a notícia de que o raio X apontara a existência de um nódulo em seu pulmão. “Como a médica não deu um diagnóstico mais profundo, e eu fiquei assustada, perguntei se ela poderia me passar um exame mais completo para que fosse possível verificar qual era o tipo de nódulo. Ela me deu uma requisição para fazer uma tomografia computadorizada”, lembra.

Verônica conta que ficou abalada com a situação e como reagiu: “comecei a orar a Deus e fui à igreja. Estava acontecendo o propósito da água consagrada e eu peguei a água e coloquei a minha fé em Deus em ação. Eu pedi a Ele que a água se transformasse em um remédio, que Ele me curasse antes de eu fazer a tomografia, que eu não precisasse tomar remédio pela mão dos homens, mas que Ele me desse um remédio espiritual e que Ele fosse o Médico dos Médicos em minha vida para me conceder a cura”, detalha.

Essa aflição pela qual Verônica passava tinha uma explicação, como esclarece: “há quatro anos eu havia perdido minha mãe para um câncer agressivo no pulmão. Logo no início, ela também sentiu muita falta de ar. O médico disse que era pneumonia. Ela fez o tratamento recomendado e, quando terminou, continuou sentindo falta de ar. Passaram um segundo tratamento, ela fez e o quadro dela piorou. Minha mãe teve que ser internada, fizeram uma tomografia e constataram um câncer agressivo no pulmão. Ela nem passou por quimioterapia ou radioterapia, pois, com um mês de internação, ela teve uma parada cardíaca e morreu”.

Verônica conta que entrou em desespero ao ser diagnosticada: “fiquei como se estivesse anestesiada. Eu achava que a única saída seria eu usar a minha fé porque eu sabia que os médicos não tiveram como curar minha mãe e ela não teve alternativa na mão dos homens. No dia da realização da tomografia, fui fazendo orações, me conectando com Deus o tempo todo e acreditando que aquela tomografia não ia dar nada e que Jesus já tinha me curado”.

Ela conta que pesquisou e marcou uma consulta particular com um pneumologista especializado que só atende duas vezes ao mês para levar seus exames. “Entrei na sala do médico com o raio X e a tomografia e, em oração, confiando e acreditando que já não tinha mais nada. Depois de olhar os exames, ele disse: ‘estou vendo que o seu raio X mostra que há um nódulo no seu pulmão, mas na sua tomografia não tem mais um nódulo, mas uma cicatriz no lugar dele’. E ali eu acreditei que Deus tinha ouvido minhas orações por meio da minha fé. Deus fez a minha cirurgia no lugar dos homens”, declara.

Verônica não tem nenhuma dúvida de que o próprio Deus a curou: “Ele pode fazer isso na vida de qualquer pessoa por meio da fé dela. Jesus afirma em um trecho da Bíblia: ‘tua fé te salvou’. Deus é o mesmo que curou nos tempos passados, é o mesmo de ontem, de amanhã e para sempre. Ele continua fazendo os mesmos milagres como fazia no passado e age hoje, no presente, mas depende de cada criatura, de cada pessoa agir com fé nEle, e Ele vai operar como operava no passado”, conclui.

O que é o nódulo pulmonar?

É uma massa de cerca de três centímetros de diâmetro que pode ser visualizada em uma radiografia simples ou em uma tomografia e pode significar lesões malignas (câncer), lesões benignas, nódulos metastáticos e nódulos indeterminados. Mesmo quando é maligno, é raro que o nódulo apresente algum sintoma. Quando é sintomático, ele provoca dores no peito, dificuldade para respirar, sensação de falta de ar e grande cansaço, o que pode levar a confundi-lo com outras doenças respiratórias.

O tratamento varia de acordo com as características de cada caso. Em nódulos com baixo risco de serem cancerígenos, a abordagem é o acompanhamento periódico. No caso de nódulos malignos, o tratamento precisa ser rápido para evitar que cresçam ou gerem metástase. Pode ser feita uma biópsia para confirmar o tumor e, dependendo da avaliação, uma cirurgia para a remoção total, bem como sessões de radioterapia e quimioterapia para reduzi-lo.

Fontes: cdra.com.br e Ministério da Saúde

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