Dia nacional de luta contra a violência à mulher
Neste ano, com a pandemia, a data reforça a necessidade de recursos e apoio, uma vez que os casos de agressão doméstica e morte de mulheres aumentaram no Brasil
Há exatos 40 anos, em 10 de outubro de 1980, um movimento nacional reunia mulheres nas escadarias do Teatro Municipal, localizado na região central da capital de São Paulo. As manifestantes protestavam em relação ao índice crescente de crimes contra mulheres em todo o Brasil. Essa data, então, ficou conhecida como o Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher. E, lembrada anualmente como forma de conscientização e discussão sobre o assunto.
Nesse ínterim, aconteceram muitos debates sobre o tema e medidas de enfrentamento a esse tipo de violência. No Brasil, por exemplo, a Lei do Feminicídio (13.104/2015) e a Lei n.11.340/2006, mais conhecida como Lei Maria da Penha, que criou mecanismos para combater a violência doméstica e familiar contra a mulher.
Contudo, durante a pandemia, os casos de mortes de mulheres e agressão aumentaram no Brasil. Enquanto isso, o número de concessão de medidas preventivas, às vítimas de violência, diminuiu. Pesquisas realizadas pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontam que os feminicídios cresceram 2,2% no País, em relação ao mesmo período em 2019.
Assista à matéria exibida recentemente no “Jornal da Record” sobre o assunto:
Disque denúncia
De acordo com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), houve um aumento de 40% no número de denúncias de violência contra a mulher em todo o País. Isso, apenas no mês de abril último em comparação ao ano passado. É muito importante que a mulher que enfrenta essa situação busque ajuda e também denuncie.
O Disque 180, serviço gratuito e confidencial da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos (MDH), além de registrar denúncias de violações contra mulheres, as encaminha aos órgãos competentes e realiza seu monitoramento. Além disso, dissemina informações sobre direitos da mulher, amparo legal e a rede de atendimento e acolhimento. O canal de denúncia funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.
Projeto Raabe
Na Universal, existe um projeto que está aberto a atender e auxiliar todas as mulheres, sem exceção. O Projeto Raabe oferece orientações, além de apoio emocional e espiritual, para dar assistência, bem como incentivá-las a quebrar o silêncio, com um trabalho de encorajamento e conscientização. Ademais, o projeto está presente em todos os estados brasileiros.
“Disponibilizamos advogadas, assistentes sociais e psicólogas para atenderem as mulheres que entram em contato conosco. E, claro, o apoio emocional e espiritual. Orientamos que esta mulher busque primeiro um local seguro, apoio da família. E, até mesmo de abrigos do governo para mulheres que estejam em situação de risco”, explica Fernanda Lellis, responsável pelo Raabe.
Portanto, se você está enfrentando uma situação de violência, clique aqui e saiba onde encontrar o Projeto Raabe e receber acolhimento e apoio de outras sobreviventes, como são chamadas as mulheres que fazem parte do grupo. Voluntárias fazem o atendimento pelo Whatsapp nacional (11) 95349-0505, pelo e-mail projetoraabe@gmail.com e por meio das redes sociais do grupo no Facebook e Instagram.