Dica para os casais: os problemas perpétuos e os problemas inaceitáveis

Entenda a diferença e aprenda a lidar com eles

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Em reunião realizada no domingo último (20) no Templo de Salomão, o Bispo Renato Cardoso e sua esposa, Cristiane Cardoso, falaram, em mensagem direcionada aos casais, sobre duas categorias de problemas existentes em um casamento — os problemas perpétuos e os problemas inaceitáveis — e sobre como lidar com isso.

Bispo Renato explicou que os problemas perpétuos são aqueles que sempre vão estar presentes na convivência do relacionamento, porque são traços da maneira de ser e das preferências pessoais do cônjuge. Talvez, incomode ou irrite um pouco, mas não vão causar um conflito maior no relacionamento. Por exemplo, quando um demonstra mais o afeto do que outro. Ou, a preferência por praia, campo ou cidade. Ou, ainda o gosto musical.

“São aqueles problemas que fazem parte da essência e da personalidade da outra pessoa, que você não tem um gosto, um prazer. E, esse incômodo é uma coisa que você tem que aprender a conviver, aceitar, lidar e até rir disso se possível for. São coisas que não fazem mal ao relacionamento necessariamente, podem até irritar, mas não fazem mal”, disse.

Por isso, não adianta ficar reclamando sobre tudo e nem esperar que a pessoa mude. É importante entender e ceder em alguns aspectos. Segundo o Bispo, para lidar com a situação sem impor uma mudança extrema e evitar conflitos, “o máximo que pode acontecer é um ceder um pouquinho para o outro” sobre aquilo que irrita ou mais incomoda na outra pessoa.

Crédito no relacionamento

Cristiane, por sua vez, explicou que quando você entende o outro e deixa de reclamar de tudo, você ganha crédito dentro do relacionamento. Primeiro, porque é muito chato ter uma pessoa do seu lado se irritando o tempo todo com o seu jeito. Mas, também, porque aquilo que realmente for um problema vai passar a ser ouvido e resolvido com mais seriedade pelo casal.

Ela contou que, no começo do seu casamento, também demorou a entender alguns aspectos da personalidade do marido e isso era um problema para ela.

“O Renato não é romântico (….) no início eu maximizava esse problema e começava a deduzir outras coisas. Quando eu finalmente entendi que ele era assim (…) resolvi o problema. E eu ganhei crédito. Porque, quando a gente tolera uma coisa que é da pessoa (…) é menos uma coisa para ficar reclamando. E aí sim, a outra pessoa vai ouvir (quando de fato houver uma reclamação). Isso dá uma leveza ao relacionamento, fica mais fácil o convívio”, relatou.

Problemas inaceitáveis

Por outro lado, existem os problemas inaceitáveis. Aqueles que valem a pena ser debatidos e resolvidos. São aqueles que, normalmente, envolvem questão de caráter e/ou que ferem a integridade do outro, por exemplo, agressão verbal ou física. Ou ainda, questões financeiras, quando um esconde gastos do outro, ou problemas de comportamento como mentira e traição.

“Você tem que fazer questão de resolver os problemas sérios e ser firme a respeito deles. Não pode deixar passar (…) até que aconteça tudo de novo. O casal deve se unir. Se a outra pessoa se recusa a resolver, você tem que ter a força de se retirar do relacionamento, até o outro entender que há um problema. Não quer dizer divórcio. Mas você se proteger, não permitir ser desrespeitado. São pessoas assim que têm casamentos felizes, porque foram firmes nos seus limites e são respeitadas”, afirmou o Bispo.

Assista ao vídeo da reunião abaixo e confira a mensagem na íntegra:

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Redação / Foto: Reprodução