Incêndios, lutas e desabamentos: Todas as Garotas em Mim já mostrou cenas que impressionaram o público na parte bíblica da trama por sua construção visual, inspirada na imaginação de Mirela (Mharessa). Criar as sequências a partir da cultura e da vivência da própria personagem foi um desafio para a equipe da série.

Entenda como foi o processo de criação:

Ao site oficial, o diretor-geral da trama, Rudi Lagemann, e o supervisor de efeitos visuais Marcelo Ferreira “PJ”, da produtora Mistika, contam como foi o processo de criação de algumas dessas passagens. Uma das cenas mais surpreendentes foi a que Sansão luta contra um leão. Para a qual usaram vários elementos e técnicas que deram veracidade ao momento. Lagemann explica que fez uma pesquisa de tipos de leões e que usaram um modelo do animal.

• Ele ainda elogia a troca com Ferreira e diz que não foi necessário esboçar a sequência antes, como é comum nesse tipo de cena: “Me dou tão bem trabalhando com o ‘PJ’ que não precisou”.

• O supervisor acrescenta que imagens em 3D substituíram o dublê que fez a ação na tomada como o animal. “É uma cena bem complexa de se fazer, mas gostamos bastante do resultado”.

• “Essa cena em si foi uma das mais prazerosas que eu tive na série ao lado do diretor”, lembra ele.

Vale destacar o trabalho de toda a equipe:

Já no momento em que as plantações de Agenor (Angelo Paes Leme) incendeiam, Lagemann revela que gravaram próximo a Campinas (SP), em uma área de trigal produzida pelo próprio departamento de arte da série. Ele também explica o cuidado com a gravação da sequência, com apoio da equipe de efeitos especiais:

O princípio é o mesmo para o uso do fogo em um ambiente fechado, como diz o supervisor de efeitos visuais. Ele comenta como foi feito o trabalho quando a família de Agenor morre em um atentado comandado pelo general Cadmo (Juan Alba).

• “O incêndio é controlado dentro do estúdio, gravamos com uma câmera mais aberta e uma mais fechada. Quando precisamos que a cena seja mais dramática e que o fogo esteja um pouco mais próximo, trocamos os atores por dublês.”

Para que as sequências sejam bem executadas e fiquem realistas, os dois ressaltam que o processo é feito sempre em parceria e com muito diálogo entre direção e efeitos. O resultado de todo esse trabalho é a magia que o público vê no ar.

• “Ele [Rudi Lagemann] é um diretor muito inteligente e assertivo, sabe o que quer e nos direciona muito bem. Temos o trabalho na pós-produção de fazer os elementos casarem e dar beleza à cena. Mas tudo já funciona antes porque temos muita conversa, uma sintonia grande”, elogia o supervisor.