O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, divulgou nesta quinta-feira (14), uma análise preocupante sobre o futuro econômico do Brasil, alertando que a dívida nacional pode chegar a 90% de toda a riqueza produzida no País em 2020.

O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de todos os bens e serviços finais de uma região. Ou seja, todo o valor que uma região é capaz de produzir.

Atualmente, a dívida do Brasil precisa de 51,72% do PIB para ser paga. A projeção de Almeida é de que o déficit nas contas públicas chegue a R$ 700 bilhões em 2020, o que equivaleria a mais de 90% do PIB – maior porcentagem da história.

Como resolver no futuro?

Almeida destacou que em 2020, o país estará focado em combater a pandemia, manter a saúde das pessoas e minorar os efeitos econômicos negativos. Mas, em 2021, o País precisa efetivar reformas econômicas:

“Não tem jeito, para recuperarmos a arrecadação, vamos ter que voltar a crescer. Nos tornamos um país muito caro e, para arcarmos com essa conta gradualmente, fazendo o ajuste fiscal gradual, vamos ter que manter a trajetória da racionalização do gasto público. Precisamos controlar o crescimento dos gastos públicos após a pandemia, fazer as reformas necessárias para o país crescer. E isso ajudar no ajuste fiscal, para não ter que aumentar a carga tributária.”

O secretário acredita que “uma dívida dessa dimensão pode ser muito alta para um país que não cresce, ou que cresce só 1% ao ano, mas não será alta se crescermos 3% ou 4% ao ano quando a pandemia passar”.

A última vez que o País cresceu 3% foi em 2012. Já o crescimento de 4% não acontece desde 2011. Em 2019, o crescimento foi de apenas 1,1%.

Outro dado que mostra o impacto econômico da pandemia sobre o Brasil foi divulgado essa semana pelo Ministério da Economia. A cada semana de isolamento social, o País perde R$ 20 bilhões. Clique aqui e saiba mais sobre o assunto.