O excesso de discussões é apontado por 57,7% dos divorciados como um dos principais motivos pelo qual a separação aconteceu. De acordo com pesquisa realizada pela Universidade de Denver (EUA), a incapacidade de se comunicar sem discutir causa mais divórcios até do que problemas financeiros (36,7%) ou até mesmo violência doméstica (23,5%).

De fato, a incapacidade em se comunicar é um dos grandes empecilhos na vida matrimonial. Não apenas porque, em primeiro plano, causa afastamento entre os cônjuges; mas, principalmente, porque impede a resolução de conflitos.

Em edição recente do “Minuto do Casamento Blindado”, o escritor Renato Cardoso, autor do best seller “Casamento Blindado 2.0: O Seu Casamento à Prova de Divórcio”, destacou que “em quase todos os casamentos há um cônjuge que se expressa melhor do que o outro”.

A coautora do livro Cristiane Cardoso ressalta que “isso não é um problema, a não ser quando o parceiro que é mais articulado, sem perceber, sufoca qualquer tentativa de o outro se expressar”.

De acordo com o casal, frequentemente a pessoa que se comunica melhor interrompe o cônjuge, mesmo inconscientemente. Essa atitude tem dois desfechos possíveis: o silenciado desiste da conversa antes de resolver o problema; ou o silenciado se coloca na defensiva, aumentando as chances de surgir uma briga onde deveria haver uma conversa civilizada.

Aprenda a iniciar a conversa

Torna-se, portanto, fundamental para a boa comunicação, que ambos os cônjuges saibam se ouvir mais e não serem agressivos. A conversa para resolução de problemas não pode ser adiada, mas deve ser respeitosa.

“Na primeira oportunidade, vocês devem se reunir e iniciar a comunicação para expor o problema. Já que terá que ser resolvido cedo ou tarde, melhor cedo, porque tarde poderá ter aumentado. Então, aja rápido”, escrevem os escritores em “Casamento Blindado 2.0”.

De acordo com eles, “quem inicia a conversa tem o poder de determinar a reação do parceiro — se vai ser boa ou negativa. Uma conversa iniciada em tom acusativo ou crítico inevitavelmente provocará uma reação de brigar ou fugir da conversa”.

No livro é explicado que “a maneira que o falante inicia a conversa determina se o ouvinte ficará à vontade para dialogar ou não. Quando seu cônjuge começa a expor o problema, resista à tentação de se defender ou justificar. Inicialmente, apenas ouça para colher informações, deixando a pessoa bem livre para se expressar. Não presuma que já sabe qual é o problema, pois provavelmente a outra pessoa tem uma visão bem diferente da sua sobre o que ele realmente é. Portanto, seja inteligente: ouça”.

Saber dialogar sem brigas pode salvar seu casamento.

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