Do lixão ao Altar: uma história de fé e superação

Em uma vida marcada pela calamidade social, Luciano Soares conheceu o mundo do crime e das drogas. Graças à Palavra de Deus, ele encontrou um caminho diferente

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O caldeireiro Luciano Soares, de 49 anos, carregou um grande sofrimento desde sua infância ao lado de seus pais e de sete irmãos, principalmente por causa das dificuldades financeiras. “Nós morávamos próximo a um lixão, no qual trabalhávamos resgatando materiais para reciclagem e procurávamos restos de comida para nos alimentarmos”, detalha.

Ele conta que era rejeitado na escola por conta de suas condições e carregava um complexo de inferioridade, afinal, se via isolado do mundo. Além disso, ele sofria muito com a ausência do pai e diz que a mãe era sua maior companhia. Contudo, aos olhos de Luciano, tudo piorou quando o lixão, que era o que provia o mínimo para eles, foi desativado. Abalada com a falta de perspectiva para a família, a mãe dele se afundou na bebida e, pouco tempo depois, faleceu por causa de um derrame cerebral: “eu fiquei sem família de um dia para o outro, pois, com a morte dela, cada irmão tomou seu rumo e meu pai se envolveu em outra família após duas semanas. Fiquei sozinho aos 16 anos”.

Sem o colo da mãe, que era onde encontrava refúgio, Luciano se viu perdido no mundo. Meses depois, ele foi morar com a irmã, mas o que parecia um caminho de mudança foi a porta para a perdição, pois ele passou a furtar carros e a usar drogas com seu cunhado.

Segundo Luciano, ele chegou a uma situação em que buscava soluções para aliviar a sua dor interna a qualquer custo. “Eu usava qualquer tipo de droga. Iniciei pelo lança-perfume, bebidas alcoólicas e ‘chá de cogumelo’. Logo eu estava usando maconha, cocaína e crack. Qualquer coisa que me ofereciam e falavam que me daria loucura e me faria esquecer a realidade, eu aceitava”, diz.

Entre roubos e vendas de carros, prática que durou dois anos, certa vez Luciano decidiu usar drogas durante toda a noite com o desejo de dar fim à sua vida. Ao voltar para casa, ele recebeu outra trágica notícia: seu cunhado tinha sofrido um acidente de carro e morrido. A culpa e as acusações que ouviu por causa do episódio consumiram os seus pensamentos, levando-o a intensificar o uso de drogas e o tráfico delas.

Com isso, Luciano passou a sofrer ameaças de morte e, para se livrar disso, pensou em ir para outro lugar sem deixar pistas do seu paradeiro. Entretanto, após ouvir os conselhos de sua então namorada (que hoje é sua esposa), ele entendeu que a atitude de fugir não resolveria nada.

Sem saber o que fazer, ele se isolou em casa por alguns dias, mas, ao conversar com um amigo, recebeu o convite para ir à Universal. Desde o primeiro dia em que passou a frequentar as reuniões na igreja, ele percebeu mudanças em seu interior: “parei de usar drogas, me isolei de tudo e de todos, comecei a entender sobre Deus e Ele foi me reintegrando à sociedade. Não foi fácil, mas comecei a aprender a viver de verdade, pois só conhecia o roubo e as drogas”, expõe.

Nesse período, Luciano voltou a estudar e conseguiu um emprego e um lugar para morar. Após três anos em um processo espiritual de mudança e restauração interior, Luciano encontrou seu bem mais precioso e seu Guia: o Espírito Santo. “Antes não tínhamos onde morar, hoje temos casa, carro e uma família restituída pela misericórdia de Deus. Fui liberto dos vícios e de todo o peso do passado e da rejeição. Mas, independentemente dos bens que conquistei, o meu bem maior é o Espírito Santo e o meu maior testemunho é permanecer na Fé”, conclui.

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Colaborador

Camila Teodoro / Foto: Cedida