Doação de alimentos beneficia 1,4 mil refugiados ucranianos

Caminhão com 13 toneladas partiu de Luxemburgo para a Moldávia, país vizinho à Ucrânia que sofre reflexos da guerra

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No último sábado (14), um caminhão saiu de Luxemburgo com destino à Moldávia. O objetivo: levar um total de 13 toneladas de alimento, o que inclui 1,4 mil bolsas com provisões e mais 3 toneladas de macarrão, a refugiados da Ucrânia que, agora, estão sob proteção do governo moldavo. No entanto, o contexto de ruína, violência e perdas, espalhado na região pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, torna os recursos ainda mais preciosos.

A guerra entre Rússia e Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022, já se estende por mais de um ano e meio. As estimativas variam muito, mas, até outubro de 2023, seria um total de cerca de 400 mil combatentes mortos e quase 10 mil civis mortos, incluindo mais de 500 crianças — os números são da Statista. No entanto, os impactos vão muito além: entre os que sobrevivem em território ucraniano, além da perda de familiares e amigos, vira uma questão de sobrevivência, em muitos casos, fugir de seu país.

Segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), desde o início da guerra, a Moldávia já recebeu quase 800 mil ucranianos em busca de segurança. Deste número, em torno de 110 mil ainda permanecem na Moldávia. Para colocar em perspectiva: a Moldávia tem uma população de apenas 2,6 milhões de pessoas e é um dos países mais pobres da Europa. A pressão adicional colocada pela entrada de refugiados — além de outras consequências da guerra, como aumento geral de preços — faz com que a situação da população moldava também fique mais difícil.

Ajuda em bom momento 

A partir deste quadro, a Unisocial de Luxemburgo decidiu organizar uma grande iniciativa. O programa social mantido pela Igreja Universal providenciou um caminhão com doações que somam 13 toneladas de alimento. Além das 3 toneladas de macarrão, as 1,4 mil bolsas com provisões incluem: feijão, milho, ervilha, açúcar, sal, leite, bolacha, salsicha e atum. A carga partiu de Luxemburgo para a Moldávia e, em breve, a doação será feita.

O responsável pela iniciativa da Unisocial, Bruno Cassús, dá mais detalhes sobre a importância da ação: “A atual situação de conflito entre Rússia e Ucrânia agrava enormemente a situação e provoca até o risco da fome extrema. Por essa razão, intensificamos os nossos esforços”. Cassús destaca que as doações têm por objetivo principal atenuar a situação dos refugiados ucranianos. No entanto, a intenção vai além: “Também queremos levar um conforto ao próprio povo moldavo que esteja em uma situação de risco e de necessidade”, explica.

Mão na massa 

Um dos voluntários envolvidos na ação é Ricardo Nunes, 33 anos: “É gratificante saber que, de alguma forma, posso cooperar para fazer uma diferença na vida de alguém”. Nunes acrescenta, com uma reflexão sobre o trabalho social: “É como um ponto de luz em meio a tanta indiferença dominante na sociedade”.

Nídia Veríssimo, 19 anos, também é voluntária na iniciativa da Unisocial. A jovem entende ser um grande privilégio: “Pois nós não só levamos o alimento físico às pessoas, mas, também, uma palavra de suporte emocional”. Veríssimo conta que seus pais viveram maus momentos em outro país. Ela entende que, se pode evitar dificuldades na vida de outros, especialmente em condições tão severas, fará isto: “O meu dia estará ganho”.

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Colaborador

Unicom/ Fotos: Cedidas