Doações da Universal passam de 15 toneladas de alimento no Japão

Desde o primeiro dia de 2024, o país é atingido por uma série de terremotos; no meio de janeiro, impactos continuam a afetar milhares de pessoas

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Na segunda-feira, 1º de janeiro de 2024, o Japão foi abalado por uma série de terremotos. O mais forte chegou a alcançar 7,6 graus na escala Richter, que vai até 9,0. Cerca de quinze dias depois, as autoridades locais informaram que ao menos 222 pessoas morreram, com dezenas de desaparecidos e milhares de desabrigados ou afetados de outra maneira. Outros tremores de terra foram registrados desde o início do ano — inclusive, em 9 e 16 de janeiro, tornando a vida dos japoneses mais difícil.

Logo no primeiro momento, a Unisocial — programa da Igreja Universal do Reino de Deus, presente no país asiático — ofereceu voluntários e recursos em ajuda humanitária. O auxílio vem se intensificando e já se espalhou pela província de Toyama, incluindo as cidades de Himi, Oyabe, Nyuzen, Toyama (capital), Tonami, Imizu e Takaoka; e na província de Ishikawa, em Shika, Nanao e Kanazawa, que também tem contado com a presença da Igreja.

Nas duas últimas semanas e até agora, foram doadas mais de 15 toneladas de alimentos não perecíveis, beneficiando aproximadamente mil famílias espalhadas nas dez localidades mencionadas. Apenas nos dias 11 e 12 de janeiro, houve a distribuição de cem cestas básicas para uma base do exército em Kanazawa.

Prefeito agradece 

O responsável pela Universal no Japão, Fabio Ribeiro, explica que, já no primeiro dia do ano, a iniciativa levou água, mantimentos e cobertas aos desabrigados. “Além das provisões, levamos uma palavra de esperança e vida, pois a população ficou emocionalmente abalada”, compartilha. Ele acrescenta, de modo a explicar a gravidade do ocorrido: “Pessoas perderam casas, familiares e, em algumas cidades, estão morando em abrigos”.

Fabio lembra, ainda, que o país atravessa o inverno — e as áreas atingidas pelos terremotos têm experimentado temperaturas de até -4 graus Celsius. Apesar da situação desafiadora, ele afirma que o programa tem o apoio de mais de 50 voluntários: alguns chegaram a viajar 8 horas a fim de amparar o próximo. Em Himi, eles foram recebidos pessoalmente pelo prefeito, Masayuki Hayashi: “Ele se comoveu com a união da Universal e dos brasileiros para ajudar nesse momento tão crítico, e veio nos agradecer”, relata o responsável.

Até meados de janeiro, o auxílio humanitário levado pela Unisocial ao Japão consiste, entre outros itens, em: 8 mil litros de água; 2 mil unidades de macarrão de copo; mil caixas de biscoito; 500 marmitas japonesas (bentô); 150 cestas básicas; 300 pastas de missô; 200 pastas de karê (curry); 200 kits culinários Ebi; cem pacotes de fraldas; e cem pacotes de papel higiênico. Ainda foram doados cobertores e kits de higiene — além de conjuntos com caderno para pintar, lápis de cor e doces às crianças.

Acolhida após o susto 

Masume Nozue é uma das mais de 50 pessoas que se ofereceram como voluntárias, a fim de amparar os afetados diante dos acontecimentos. “Eu fui à cidade de Toyama ajudar”, conta. Ao chegar ao local, ela percebeu que havia lugares onde os carros não conseguiam entrar com as provisões: “E ainda há muitos sofrendo”, afirma, preocupada.

Sua colega, Ana Mayume, foi voluntária da Unisocial na iniciativa do dia 5 de janeiro, também na província de Toyama. Ana enfatiza sua satisfação ao perceber que, mesmo em meio a tantas dificuldades, algumas pessoas mostraram contentamento ao receber os voluntários — e a ter uma simples conversa com eles: “Não há nada igual a essa experiência de poder fortalecer o próximo, devolver um pouco de alegria e paz”.

Antonia Saitu foi uma das vítimas da série de terremotos — e uma das moradoras de Takaoka alcançadas pela ação humanitária da Universal. Ela conta como foi um susto: “Senti tremores muito fortes. Meu marido disse que estava caindo tudo dentro de casa. Ao final, vimos que não seria possível voltar a morar ali e fomos para um abrigo”, descreve.

No dia seguinte, narra a cidadã japonesa, logo se tornou impossível comprar comida. “Dividimos o que tínhamos até que chegou o auxílio da Unisocial. Recebemos muito alimento, água, cobertores… eram diversos voluntários e o amparo veio bem rápido. Eu me senti muito acolhida”, relata Antonia. Ela conclui com uma palavra de gratidão: “Agradeço a todos que, com muita dedicação, ajudaram a mim e a tantos outros. Obrigada por tudo, Igreja Universal”.

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Colaborador

Unicom / Fotos: Cedidas