Dons versus Fruto
O encontro nacional de obreiros, colaboradores e CPOs foi marcado por revelações sobre a natureza divina dos servos, o check-up espiritual e a santidade da Obra de Deus
O sábado do Exame Espiritual, realizado em 3 de junho, no Templo de Salomão, com transmissão ao vivo para todo o Brasil, contou com uma revelação do Bispo Edir Macedo a todos os servos. Monique de Souza, (foto abaixo) de 29 anos, disse que passou os últimos 30 dias se avaliando diariamente e se preparando para essa reunião: “foi uma das melhores experiências que tive, pois consegui me dedicar muito mais à minha vida espiritual, e o propósito veio fortalecer minha vida em todos os sentidos”.
O Bispo Macedo iniciou o encontro revelando que muitas pessoas desejam fazer a Obra de Deus por conta da gratidão, mas se esquecem que para servi-Lo é necessário ter o Espírito Santo, que é notório através do fruto, mas, muitas vezes, é confundido com os dons. “Os dons do Espírito Santo são a manifestação do poder de Deus em nós, mas o fruto do Espírito Santo significa a natureza de Deus através de nós”, ensinou.
No singular
Em Gálatas 5.22, lê-se: “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança”. O Bispo destacou que a Bíblia não diz “os frutos do Espírito são”, pois, apesar de descrever nove virtudes, todas elas fazem parte do caráter do Espírito Santo, a natureza divina por meio de uma conduta exemplar, uma reputação impecável. Já os dons se referem à manifestação do poder de Deus por meio de cura, libertação, prosperidade, reconstrução do lar e bênçãos conquistadas por meio da fé.
“Veja bem, não são os dons do Espírito Santo que garantem a Salvação, mas o fruto, o caráter, a dignidade, a honradez, a verdade, a justiça. Eu sei que todos nós somos falhos, mas na nossa essência nós carregamos a verdade porque Jesus é a Verdade, por conta disso, obrigatoriamente, temos o caráter de Deus”, ressaltou.
Gabriela Oliveira, (foto abaixo) de 20 anos, guardou para si que o que realmente importa é o que ela é diante de Deus e não aquilo que ela faz em prol da Obra dEle. “O que me chamou a atenção foi o alerta para me atentar aos pequenos detalhes e buscar fazer a vontade dEle. Porque às vezes, a gente faz ali por ser algo bom e aparentemente a gente pode falar que ‘está agradando a Deus’, só que, e se aquilo não for a vontade dEle? Essa reunião me fez parar para pensar nos detalhes do meu dia e como me atento à Voz de Deus nos detalhes”, disse.
Servindo em meio à guerra
O Pastor Tiago Casagrande, responsável pelo trabalho da Universal na Ucrânia, país que se tornou palco de uma guerra imposta pela Rússia há mais de um ano, compartilhou como tem sido trabalhar em prol da Obra de Deus e do ganho de almas em meio às adversidades. “Essas últimas semanas, esses últimos dias têm sido bem tensos. Muitos mísseis e drones. Posso até afirmar que as pessoas já chegaram nos seus limites porque, normalmente, entre 2h e 3h da manhã o nosso sono é interrompido por bombardeios”, contou.
Apesar de os mísseis e drones serem interceptados pela defesa ucraniana, os destroços acabam atingindo moradias e janelas, por isso, ele e os demais pastores e esposas brasileiros que deixaram sua terra natal para fazer a Obra de Deus no exterior acabam dormindo no corredor de casa ou se refugiando em bunkers, assim como os demais moradores do local.
Na oportunidade, o Bispo Macedo questionou se algum dos 12 pastores da Universal na Ucrânia deseja deixar o país, e o Pastor Tiago logo respondeu: “não senhor, Bispo. Pelo Contrário. (…) No deserto, nos momentos difíceis é que Deus nos prova e nós temos sido provados, temos passado por vários batismos de fogo e Deus tem nos capacitado e nos dado condições de ajudar as pessoas, porque elas chegam até nós desesperadas, aflitas”. Ele ressaltou ainda que Deus tem suprido todas as necessidades e que eles creem que o Altíssimo é quem os tem protegidos.
Resultado do check-up
Durante a reunião, o Bispo Adilson Silva, responsável pelos obreiros, reforçou que os dons são muito importantes, “mas eles são perigosos porque iludem ou podem iludir tantos quem os têm, como quem olha para quem tem. (…). Não se iluda com os dons em relação à você nem se iluda em relação aos dons de outras pessoas”.
No último mês, todos os que auxiliam a Obra de Deus voluntariamente realizaram um autoexame diário com relação à sua vida espiritual. Com o check-up em mãos, o Bispo Adilson orientou que só havia três diagnósticos e que cada servo deveria avaliar a si mesmo. Josué Alcântara, de 28 anos, disse que seu autoexame o permitiu notar detalhes sobre sua vida espiritual e que ao longo do mês houve um “renovo grandioso em todos os sentidos. Agora é preciso se cuidar para não cair”.
Para junho, todos estarão vivendo o “mês da primazia” em complemento à fé do “provai-me”, vivida em toda a Universal. “Separamos 28 passagens bíblicas, escolhidas a dedo, para meditar em cada uma delas, a cada dia (…), dobrar os joelhos sobre essa folha, como um tapete de oração, e dizer ‘Senhor, que a Tua vontade seja feita na minha vida. Não a minha, mas a Tua vontade’ todos os dias”, explicou o Bispo Adilson.
Oferta e disciplina
No fim do encontro, o Bispo Renato Cardoso destacou a santidade para com a oferta e a disciplina da Obra de Deus. Na Universal, dízimos, ofertas e doações voluntárias são vistas com santidade e, por isso, são comumente chamadas de “sangue da igreja”, pois sem sangue o corpo morre, assim como sem oferta nada se faz na igreja.
“A oferta é sagrada, é santa. Por isso deve ser tratada com a mesma santidade que tratamos o Altar, a Santa Ceia, o azeite, o Espírito Santo e tudo mais na igreja, porque ela é sagrada e representa o Próprio Deus”, disse. O Bispo Renato ainda explicou que toda e qualquer oferta deve ser entregue no Altar, nunca nas mãos de outra pessoa, seja ela quem for, e que há procedimentos administrativos seguidos à risca e com temor sobre o destino da oferta.
Outra opção é fazer doações por meio de pix ou das contas oficiais da Igreja Universal, pois isso elimina passos administrativos e é mais seguro tanto para o ofertante quanto para a igreja.