O cantor mais bem-sucedido da atualidade, Drake, acaba de anunciar que está inaugurando uma empresa produtora e vendedora de maconha. A ideia é agir em nível global em um mercado que, segundo ele mesmo, renderá muitos lucros.

“A ideia de poder distribuir algo especial em uma indústria que nunca para de crescer foi inspiradora”, afirmou o cantor à imprensa.

A notícia chega poucos dias após o também cantor Snoop Dogg revelar que contratou uma pessoa que tem função única de preparar cigarros de maconha para ele. Essa pessoa recebe um salário de U$ 50 mil por ano. O equivalente a cerca de R$ 17 mil por mês.

Além disso, o contratado viaja com o cantor tendo todas as despesas pagas. Todavia, para Snoop Dogg, o maior atrativo da vaga é que o “enrolador de baseado profissional” pode fumar a quantidade que quiser.

Ao saber desse cargo, o ator Seth Rogen (ator de “O Rei Leão”, “Steve Jobs” e “Kung Fu Panda”) chamou Snoop Dogg de gênio:

“Provavelmente preciso contratar alguém para a mesma profissão, já que passa tanto tempo enrolando cigarros de maconha”.

Maconha faz mal, vicia e mata

A Cannabis sativa é, provavelmente, a planta mais celebrada em filmes e músicas. No Brasil mesmo, o cantor Marcelo D2 ficou famoso por versos como “legalize já, porque uma erva natural não pode te prejudicar”.

Vários artistas repetem o mesmo discurso, levando seus fãs – muitas crianças e adolescentes inclusive – a acreditar que a maconha realmente não faz mal. Mas será que isso é verdade?

Diversos estudos já mostraram que a realidade é justamente o oposto: maconha faz mal, vicia e mata. Mesmo o uso recreativo causa danos a curto, médio e longo prazo.

O fato de alguns países, como o Canadá, estarem legalizando a droga não significa que ela é inofensiva. Afinal, o álcool, o tabaco e os antidepressivos também são drogas legalizadas e matam. Legalizar foi apenas uma maneira que esses países encontraram de tentar controlar os danos causados pela substância.

O diretor da Drug Enforcement Administration (DEA), agência americana responsável pelo controle e combate de drogas, Chuck Rosenberg, explica que “artigos recentes mostram de uma forma inquestionável que o consumo de maconha aumenta em muito o risco de os jovens desenvolverem doenças mentais”.

Além disso, em curto prazo, o uso da maconha causa:

– Perda da memória de curto prazo;

– Dificuldade em solução de problemas e tomada de decisões;

– Perda de coordenação;

– Falhas cognitivas;

– Aumento da frequência cardíaca;

– Alucinações e paranoias;

– Pânico;

– Impotência sexual.

A longo prazo, os usuários têm maiores riscos de desenvolver câncer, tosse crônica e problemas cardíacos, além de prejudicar o sistema autoimune.

Então, por que glamourizar a droga?

O que poucos percebem é que pessoas como Snoop Dogg ganham muito dinheiro com a imagem de usuário de maconha. Suas músicas falam sobre a droga e seus fãs compram os produtos do cantor por causa disso.

A maioria dos filmes de Seth Rogen também fala sobre drogas, como se fosse algo bom.

Já Drake não está investindo em uma empresa multinacional de venda de cannabis sativa sem um propósito financeiro claro. Ele quer lucrar com o vício alheio.

Somente nos Estados Unidos, a venda de Cannabis sativa e produtos derivados renderam mais de U$ 50 bilhões entre vendas legais e ilegais. O equivalente a mais de R$ 206 bilhões.

Ou seja: há muita gente ganhando dinheiro para falar bem da maconha. Só quem perde é o usuário, que pode se tornar um dependente com diversos problemas de saúde.

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