No sábado, 23/3, a partir das 13h, acontecerá a terceira edição da ação social Driblando a Fome na Bahia, organizada pela Unisocial EVG, na Arena Fonte Nova, em Salvador. A entrada é gratuita, mas o programa continua a arrecadar alimentos não perecíveis para a confecção, já iniciada, de cerca de 15 mil cestas básicas — com 11 kg cada — a serem doadas posteriormente a instituições sociais da região.

As duas edições anteriores conseguiram reunir, respectivamente e em números aproximados: 50 toneladas de mantimentos, que viraram 5 mil cestas; e cem toneladas, transformadas em mais 10 mil. Este ano, as doações totais devem ficar perto de 160 toneladas de provisões.

O evento principal de 2024 será uma partida de futebol com jogadores renomados, como Romário e Alecsandro. Haverá, ainda, apresentações musicais e de dança. O Bispo Renato, responsável pela Universal no Brasil, e Cristiane Cardoso, realizarão o Momento do Derramamento do Espírito da Paz. A Unisocial EVG é mantida pela Igreja Universal do Reino de Deus.

Para virar o jogo

De acordo com um documento da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI) da Bahia de março de 2023, o cenário, que já era preocupante, se agravou com a pandemia de Covid-19. Atualmente, mais da metade, ou 57,7% dos cerca de 14,7 milhões de baianos, vive sob a insegurança alimentar em graus variados. A insegurança alimentar grave, conhecida também por situação de fome, atinge 12,9% da população local — mais de um em cada dez.

Responsável pelo trabalho evangelístico da Universal na Bahia, o Bispo Sergio Corrêa dá detalhes sobre o que o Driblando a Fome 2024 pode representar na vida das pessoas mais carentes de seu estado: “A iniciativa já está em sua terceira edição. Desde o início, tem sido, para aqueles que estão em vulnerabilidade social, um braço amigo, um amparo a quem precisa”.

O pensamento de Caroline Batista, 29 anos, segue por este caminho: amparar os necessitados. Ela pretende se voluntariar no evento baiano. “É um privilégio participar de uma ação deste porte. Podemos realmente praticar o amor ao próximo”, reflete. Caroline destaca que muitos precisam de auxílio, mas resistem em buscá-lo. “É importante compreender que não há vergonha em pedir ajuda. É um ato de coragem, que permite que sua vida tome um novo rumo”, pondera.

Com a mesma idade da voluntária, Flaviana de Sousa já foi beneficiada por iniciativa anterior da Unisocial EVG. A jovem enfatiza que todo suporte é bem-vindo — especialmente, o do Driblando a Fome: “Vocês chegam em nossas casas para somar. Gente que ainda lembra do próximo, tem empatia para fazer o bem. E que ajuda a garantir uma refeição nas mesas das famílias. Só tenho gratidão”.