Nenhuma mulher gosta de ser chamada de egoísta, muito menos de se reconhecer como tal. Talvez a maior dificuldade de lidar com uma pessoa egoísta seja informá-la que o planeta não gira em torno do umbigo dela. Logo, nem tudo está ligado a ela, aos seus caprichos, à sua vontade e muito menos à “verdade” dela ou à sua excelsa opinião.

O egoísmo se parece com um emaranhado de sentimentos relacionados à busca de prestígio, mas ele pode esconder outros problemas, como descrito em Tiago 3.16: “pois onde há inveja e ambição egoísta, aí há confusão e toda espécie de males.” Tomada pelo excesso de “eu”, a pessoa egoísta cria um monólogo enfadonho que desqualifica o outro e acarreta consequências no trabalho, no casamento, na família e até na saúde. O mesmo ocorre na vida espiritual, afinal, para praticar os ensinamentos do Senhor Jesus, é preciso deixar o egoísmo de lado.

Os perigos que o egoísmo causa foram discutidos por Cristiane Cardoso em uma das edições recentes da Meditação da Palavra, disponível na plataforma Univer Vídeo. Ela se baseou no alerta bíblico presente em Lucas 9.24-25, que diz: “Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará. Porque, que aproveita ao homem granjear o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo?”

EU, EU, EU
Cristiane observou que “quando uma pessoa pensa muito no que quer, no que sonha e nas suas necessidades, ela começa a descartar as pessoas ao seu redor” e fez uma avaliação sobre quem é egoísta: “muitas mulheres que viveram a vida para ganhar fama, para ter carreira, dinheiro e poder não têm ninguém que se importe com elas. Elas têm fãs, que são fãs porque vivem longe delas. Ou seja, o que adiantou? Por mais que a mulher saiba, na teoria, que deve dar valor às coisas importantes da vida, como família, casamento, filhos, na realidade, ela não faz isso na prática. Ela pensa só nela e, por isso, a família, o casamento e os filhos sofrem”, afirma.

PARA MUDAR, SE ENCARE
Talvez uma forma de se avaliar seja se colocar diante do espelho e deixar o ego de lado. Aceitar o exercício de cuidar não somente dos próprios interesses, mas também do dos outros, como nos pede Filipenses 2.4-5, também é uma forma de se confrontar e de descer, degrau por degrau, de qualquer pedestal imaginário.