A confeiteira Açussena Rodrigues Celes, de 28 anos, viveu um tormento em sua infância com a destruição de sua família. Para mudar esse passado de dor e de angústia, era necessário que ela tivesse atitudes diferentes com o passar dos anos, mas ela se via sem rumo.

Por causa do vício do pai em cigarro e bebidas alcoólicas e às constantes brigas e traições entre ele e sua mãe, Açussena, ainda na adolescência, permanecia sem saber lidar com a fragmentação no seu lar. Aos 15 anos, portanto, ela entrou em um relacionamento com o padeiro Pedro Rafael Souza Ferreira, hoje com 35 anos, e logo começaram a morar juntos.

“Eu pensava que entraria em um relacionamento para ser feliz, pois nunca soube o que era felicidade dentro de casa. Achei que tudo seria diferente, mas não foi. Não demorou muito e engravidei. Depois que minha filha nasceu, descobri que o meu parceiro era viciado em drogas, bebidas alcoólicas e cigarro. Ele saía à tarde e só voltava no dia seguinte”, lembra.

Todos os traumas e o rancor que ela guardava em relação ao que viveu na infância vieram à tona quando ela soube da vida que Pedro levava. Açussena já tinha frequentado a Universal na infância, mas se afastara. A mãe dela, por sua vez, ao ver a situação da filha, a convidou para retornar às reuniões. Açussena não hesitou. “Eu e o Pedro fomos e houve uma mudança, mas não uma transformação em nós. Ele não ficava mais fora de casa e não se envolvia aparentemente com os vícios, mas eu sabia que algo estava faltando e ainda sentia mágoa”, conta.

Eles permaneceram um tempo frequentando a igreja com uma vida de aparências e se casaram no civil, mas ainda viviam com um vazio na alma. Assim, aos poucos, eles foram se afastando da igreja. “Foi um inferno: os vícios dele pioraram e eu comecei a
odiá-lo. Cheguei a traí-lo e ele também me traiu. As brigas se intensificaram e minha filha presenciava tudo”, recorda.

Eles começaram a se agredir e, por conta disso, decidiram se separar. Nessa época, Açussena estava grávida da segunda filha. “Ficamos dois meses separados e sofremos sofrimento, mas logo voltamos, porém, com muitas mágoas. Não brigávamos mais, mas eu sentia muita dor, angústia e vontade de morrer. Estávamos aos pedaços”, descreve.

Quando a segunda filha nasceu prematuramente e precisou ficar internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), os dois decidiram voltar para a Universal. “Reconheci que precisava voltar para Deus. Eu queria dar um basta e encontrar uma solução para aquele sofrimento. Participávamos das reuniões, ouvíamos os ensinamentos e começamos a praticá-los. Consegui perdoar meu marido, abri mão da minha ignorância e, aos poucos, vimos a mudança em ambos”, diz.

Açussena e seu marido começaram a honrar o Autor do Amor em todas as suas atitudes e decidiram apresentar a união no Altar de Deus na Celebração dos Casamentos em 2021. Tudo se fez novo na vida deles e hoje a família é feliz. “Eu não tenho apenas um marido, tenho um amigo, e temos cumplicidade. Sou grata por ter a chance de mudar tudo e hoje ter uma família abençoada”, conclui.