Ela tentava fugir da realidade com festas e drogas

Aparentemente feliz, mas vazia por dentro, Renata Genari, de 35 anos, buscou se distrair de muitas formas

Imagem de capa - Ela tentava fugir da realidade com festas e drogas

Embora tenha conhecido a Universal aos 9 anos, a empreendedora no ramo da beleza e estética Renata Nakahara Genari, de 35 anos, se afastou da Presença de Deus na adolescência. “Eu tinha curiosidade de saber como era o mundo e vontade de fazer o que minhas amigas faziam, como namorar e ir a festas. Logo me envolvi com más companhias e comecei a frequentar raves, bailes e a namorar precocemente. Foi por meio desse relacionamento que conheci vários tipos de drogas”, comenta. O primeiro entorpecente com o qual Renata teve contato foi a maconha. “Depois, comecei a usar lança-perfume, LSD, ecstasy e, por último, cocaína”, diz.

Renata conta que desconhecia a palavra limite. “Cheguei a sumir de casa sem dar notícias por dois, três dias, apesar de ter um filho pequeno. Eu cumpria com as minhas ‘obrigações’ trabalhando para o meu sustento e do meu filho, mas não visualizava melhoria nas minhas condições.”

Apesar disso, ela admite que naquela época ainda não reconhecia que sua situação era tão ruim. “Quando eu usava drogas e saía, era para fugir do papel de mãe e de filha que eu não queria assumir. Honestamente, eu era uma criança triste por causa da separação dos meus pais, fui uma adolescente rebelde e revoltada e me tornei uma adulta frustrada, sem grandes expectativas ou sonhos. Eu era vazia”, diz.

EM MEIO AOS “QUASES”
Em 2010, Renata perdeu seu irmão. “Nessa mesma época, eu estava no auge do consumo de cocaína, pois a usava todos os dias. Contudo, no dia do enterro dele, quando eu deveria fazer companhia para a minha mãe, eu a deixei em casa e fui direto para a ‘biqueira’: passei dois dias usando droga e sumida de casa”, afirma.

Renata explica que já viveu muitos “quases”: quase teve uma overdose, quase foi vítima de um estupro e quase se machucou em um grave acidente depois de bater o carro que dirigia. “Tudo isso quase aconteceu quando eu estava sob o efeito de drogas. Então, eu não entendi que tive livramentos graças à misericórdia Divina.”

UMA CHANCE
Renata viveu por um longo período cometendo excessos, até que aquela vida começou a lhe incomodar. “Minha realidade se tornou insustentável quando comecei a pensar que, um dia, algo poderia acontecer comigo, que eu poderia morrer e não ser salva por conta das minhas escolhas”, relata. Foi assim que, em 2017, ela voltou para a Universal, depois de receber um convite para participar de uma reunião. “A princípio, relutei para deixar a vida que levava, pois ainda tinha a falsa sensação que estava tudo bem.”

A situação mudou quando Renata entendeu que não perderia nada ao dar uma chance a Deus. “Decidi me entregar completamente a Deus. Foquei na vida espiritual porque entendi que, sem o Espírito Santo, nada iria progredir na minha trajetória, principalmente em relação à minha Salvação.”

Segundo ela, seu objetivo era acabar com o vazio que sentia e descobrir a verdadeira felicidade. “Deixei de ter desejo de ir festas ou de usar drogas. Meu comportamento em casa e com as pessoas que me conheciam mudou totalmente, a ponto de elas me perguntarem o que tinha acontecido comigo. Hoje sou uma mãe de verdade para o meu filho e uma filha que é motivo de orgulho e não mais de vergonha e desonra. Tenho um casamento abençoado e passei a prosperar financeiramente, porque Deus me deu a visão de ter meu negócio em uma área em que nunca imaginei trabalhar. Me considero uma mulher realizada em todos os sentidos”, finaliza.

imagem do author
Colaborador

Flavia Francellino / Fotos: arquivo pessoal / Demetrio Koch