Ela tinha orgulho de não ser como os evangélicos
Por trás do preconceito que nutria, Rebecca Vieira levava uma vida vazia
O orgulho da vida da assistente comercial Rebecca Catharina Conceição Vieira, de 24 anos, era “ser diferente dos evangélicos”. Ela, que até completar 20 anos nunca tinha ido a uma igreja, nutria esse preconceito porque julgava que os frequentadores eram “hipócritas”.
Por trás dessa crença, Rebecca diz que vivia uma vida conturbada. Os problemas começaram com a separação de seus pais, quando ela tinha apenas 8 anos. Para sustentar a casa, sua mãe teve que trabalhar em dois empregos e a ausência dela em casa gerava uma carência muito grande em Rebecca. “Eu fui buscar na rua a atenção que eu não tinha em casa.”
Com apenas 10 anos, Rebecca começou a namorar um rapaz seis anos mais velho. “Minha mãe fez de tudo para impedir isso, até me colocou em período integral na escola, só que eu era muito rebelde, achava que já era adulta e fugia da escola para ficar com ele. Quando fiz 12 anos, eu me entreguei a ele e, juntos, começamos a usar maconha”, diz.
Para fugir de sua realidade, aos 14 anos, Rebecca começou a usar lança-perfume e bebida alcoólica. A droga mais forte que experimentou foi o LSD. “Do lado de fora, estava aparentemente tudo certo comigo, só que o vazio que eu tinha era muito grande. Ir a festas era o meu cotidiano e eu usava drogas para tudo, até para atividades simples, como limpar a casa. Eu não ia a nenhum lugar em que não pudesse usar alucinógenos”, conta. Quando terminou o namoro, ela engatou diversos relacionamentos em busca de atenção.
A chance
Rebecca chegou à Universal em dezembro de 2019, quando aceitou um convite para ir ao Templo de Salomão, em São Paulo, achando que se tratava de um ponto turístico. Àquela altura ela estava em uma depressão profunda e tinha sido diagnosticada com borderline, um transtorno que a fazia espancar a si mesma quando entrava em surto. A jovem lembra que pesava apenas 37 quilos, fumava três maços de cigarro por dia e tinha tentado suicídio. “Deus me apresentou uma chance de zerar minha vida e começar de novo”, conta. Naquele ano, ela decidiu passar o réveillon na Universal, o que para ela foi um sacrifício, já que costumava passar esse período na praia. Ela se batizou nas águas, em três meses recuperou seu peso, parou de frequentar baladas e deixou de usar drogas e se agredir. “A Palavra de Deus foi entrando e me limpando”, diz.
Apesar das mudanças, Rebecca ainda trazia consigo inseguranças, culpas e o medo da morte por não saber o destino da sua alma, mesmo cerca de três anos depois de começar a frequentar a Universal. Reconhecendo o seu verdadeiro estado espiritual, ela passou a buscar a Presença de Deus em seu ser através do batismo com o Espírito Santo. “Quando recebi o Espírito Santo, vieram a certeza, a paz e a segurança que eu buscava. Depois daquele dia eu comecei a me olhar com outros olhos”, diz. Atualmente Rebecca trabalha como assistente comercial e está concluindo a faculdade.
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