Ele decidiu se aliar com seu maior inimigo

Pedro Paulo Lopes achava que se fosse amigo do diabo não seria importunado por ele

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Ooperador de logística Pedro Paulo de Jesus Lopes, de 23 anos, nasceu e cresceu em um lar cristão e era levado pelo pai, que é obreiro na Universal, à Escola Bíblica Infantil (EBI). A partir dos 11 anos, porém, ele conta que algo mudou: “começou com a curiosidade, porque eu cresci aprendendo que deveria dizer muitos ‘nãos’ e isso pedia de mim sacrifício. Por outro lado, se eu vivesse ‘no mundo’ nada disso seria necessário, pois eu poderia fazer o que quisesse. Então, decidi conhecer e dizer ‘sim’ para o mundo”.

Sem que sua família soubesse, Pedro passou a se envolver com más amizades e a mentir e, por influência dos amigos, conheceu a pornografia. Apesar disso, ele continuava frequentando a igreja. No entanto, por mais que fingisse, algo o fazia lembrar da incoerência de sua vida: era sua consciência. “Eu sabia da minha real condição espiritual e que, se eu morresse, o destino da minha alma seria o inferno e aquilo me causava medo. Porém, eu não queria largar a vida de pecado”, diz.

Pior escolha

Tentando resolver esse conflito, Pedro conta que começou a desenvolver o seguinte pensamento: se ele agradasse ao diabo, este também o agradaria e, assim, Pedro achava que não sofreria no inferno caso morresse naquela condição. “Eu me tornei um adolescente extremamente nervoso, causava muitas brigas dentro de casa jogando uns contra os outros e dava problema na escola. Aos 14 anos, eu passei a beber bebidas alcoólicas e a fumar maconha, era extremamente vazio, angustiado, me trancava no quarto e começava a chorar sem motivo, pelo vazio que havia dentro de mim”, afirma.

Pedro chegou ao “fundo do poço” depois do fim de um namoro, quando tinha 17 anos: “eu me senti sem chão e isso me levou à depressão. Passei a ter desejos de suicídio, só dormia à base de remédios e tinha ansiedade.Dentro de mim, se desenvolveu um complexo de inferioridade e o vazio aumentava cada dia mais”.

Resgate

Em meio a tantos problemas, Pedro finalmente aceitou um convite, que sempre recusava, para participar de uma reunião da Força Jovem Universal (FJU). “Foi quando eu decidi me entregar à Verdade. Abandonei todas aquelas amizades, os vícios, os lugares que frequentava e foquei somente em agradar a Deus”, conta.

Uma semana depois, ele se batizou nas águas e compreendeu que, se não tivesse a Presença de Deus em sua vida, não conseguiria resistir às ofertas do mundo. Ao ser batizado com o Espírito Santo, ele conta que nunca mais foi o mesmo. “Hoje sou feliz de verdade. Tenho a certeza da minha Salvação e isso me dá a paz de ser quem eu sou e de ter assumido a fé. Deus tem me dado o privilégio de servi-Lo e dar às pessoas o que Ele me deu”, conclui.

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Colaborador

Núbia Onara / Foto: Demétrio Koch