O técnico em mecânica industrial e eletricista Rosinaldo de Souza Carneiro, de 41 anos, levou o maior susto de sua vida no ano passado. Ele, que tem mais de 20 anos de profissão, nunca tinha se deparado com uma situação tão grave. Durante um plantão no trabalho, Rosinaldo se aproximou de um quadro elétrico para desligar um equipamento e acabou recebendo uma descarga elétrica de 440 volts. O quadro elétrico explodiu.

O acidente aconteceu no dia 26 de setembro e, na mesma hora, ele foi conduzido para o hospital naval de Belém do Pará, cidade onde mora e trabalha.

Ao chegar ao local, o eletricista foi encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com fortes dores. Ele teve 16% do corpo afetado por queimaduras de primeiro e segundo graus. Para amenizar as constantes dores, Rosinaldo passou a fazer uso de morfina.

O eletricista frequentava a Universal há seis anos e sabia que somente a fé em Deus poderia ajudar em sua recuperação. “Sempre tive minha fé avivada. Em todo o período que fiquei no hospital estava bem tranquilo. Tinha certeza de que Deus não ia me abandonar naquele momento”, recorda.

Rosinaldo lembra das palavras que o médico disse para sua esposa. “Ela chegou ao hospital algumas horas depois do acontecimento e foi informada pela equipe médica que eu estava em observação pelo período de 72 horas. Caso meu quadro de saúde não tivesse uma resposta positiva, dificilmente a medicina poderia fazer algo a meu favor.”

A recuperação

A esposa de Rosinaldo, Nadma do Socorro de Carvalho Carneiro, de 40 anos, que também frequenta a Universal, começou a buscar pelo marido nas reuniões da Igreja. Ela sempre levava para o hospital uma garrafinha com a água do tratamento e dava para o marido beber. “Tomando da água já senti um alívio muito grande. Continuei fazendo o tratamento com a água e saí da UTI três dias depois.”

Após as 72 horas de observação, Rosinaldo foi encaminhado para uma espécie de isolamento, para não contrair nenhum tipo de bactéria. Ele ainda estava em perigo e os médicos não tinham previsão de alta. O eletricista passou por vários especialistas, como cardiologistas, clínico-geral e dermatologista. Todos concordaram que ele poderia ter os dedos e o movimento da mão comprometidos, por conta das queimaduras, e teria de passar por uma cirurgia plástica reconstrutora. Depois de 21 dias de isolamento, o eletricista recebeu alta.

O resultado da fé

Rosinaldo saiu do hospital sem nenhuma sequela e não precisou fazer nenhum procedimento cirúrgico. “Hoje não sinto absolutamente nada, meus movimentos são normais e até voltei ao trabalho.”

Ele ainda ressalta a lição que aprendeu depois de toda essa situação, pois, uma semana antes do acidente, perdeu um companheiro de trabalho que havia recebido uma descarga de 110 volts. “Quando estamos firmes na presença de Deus, ele sempre nos livra, protege e guarda de tudo e de todos.”

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