Ele seria o motivo do suicídio do seu pai

Viciado, traficante e jurado de morte, Eduardo Silva se tornou um grande peso para a sua família

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O comerciante Eduardo Silva, de 36 anos, tem uma vida de liberdade e felicidade atualmente, mas durante muitos anos não foi assim. Ele conta que, por influência de familiares, desde cedo conviveu com os vícios, caminho que ele também acabou trilhando.

Aos 14 anos, Eduardo começou a se envolver com algumas amizades que não eram boas e, com elas, passou a ter contato com as drogas. “De início, eu as rejeitava, afinal, sabia que a vida dos meus tios e familiares foram destruídas por causa desse problema”, revela. Entretanto, quando as drogas foram oferecidas por uma garota, ele acabou aceitando para não se sentir envergonhado.

Esse primeiro contato com substâncias ilícitas foi com a maconha, mas logo se estendeu para o lança-perfume e ele se tornou dependente deles. “Comecei a precisar de dinheiro para comprar as drogas e, aos 16 anos, tive uma oportunidade e comecei a me envolver com o crime. Passei a praticar assaltos, a patrocinar o tráfico, a me envolver em gangues e a disputar pontos com turmas rivais”, conta Eduardo.

Perto da morte
O que Eduardo via como solução para satisfazer seus vícios era na verdade um caminho que o estava levando à perdição e até mesmo à possibilidade de morrer. Ele relata qual era sua realidade: “passei a sofrer ameaças de morte, que não ficavam apenas nas palavras, mas se transformavam em tentativas, pois entravam na minha casa para me matar”.

Ele afirma que essa situação o levou ao momento que considera como sendo seu “fundo do poço”: quando, por não aguentar mais ver seu único filho trilhando esse caminho, o pai dele tentou o suicídio. “Meu pai fez isso por conta das diversas ameaças que eu sofria e das invasões. Ao chegar em casa, o procurei e o encontrei no quintal com a corda no pescoço tentando se matar por minha causa”, lembra.

Aquela situação externa representava como estava o seu interior: vazio e cheio de tormentas. Todos os dias ele procurava algo novo para burlar a tristeza que carregava em sua alma.

A vida dele passou a ser repleta de confusões em todos os momentos e, por isso, ele precisou ser protegido por outros criminosos para não morrer. “No mundo do crime, temos muitos rivais e chegou um ponto em que eu não podia sair na rua sem que estivesse acompanhado de outros colegas armados. Algumas vezes, nas tentativas de homicídio, eu levei pedradas, fiquei desacordado e fui socorrido por colegas”, revela.

Enfim, liberdade
Embora o pai de Eduardo não soubesse mais como salvar o filho do caminho mortal que ele decidira seguir, da mesma forma que fizeram seus familiares anteriormente, a mãe de Eduardo sabia como agir. Ela já frequentava a Universal há alguns anos e usava sua fé em busca da mudança em sua casa. Ela convidava Eduardo frequentemente para ir às reuniões e, aos 18 anos, ele finalmente aceitou,
pois percebeu que apenas Deus conseguiria lhe dar o que precisava.

“Eu passei a ir às reuniões, fui muito bem tratado e passei a buscar pela libertação dos vícios e dos problemas. Deus foi me limpando dos desejos e das necessidades às quais os vícios me levavam”, diz.

Hoje, depois de conhecer o poder do Espírito Santo e a restauração promovida por Ele, ele afirma que é um homem que tem paz, alegria e uma vida de verdade. “Me livrei dos vícios, das ameaças e dos problemas do passado. Agora, com a Presença de Deus, fui presenteado com uma esposa, filhos e uma família livre e restaurada. Além disso, Deus me deu uma direção profissional e tem abençoado meus empreendimentos”, conclui.

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Colaborador

Camila Teodoro / Fotos: cedidas / Cabezonication/getty images