Quando esteve como homem neste mundo, o Senhor Jesus declarou que, apesar de a seara ser grande, os ceifeiros eram poucos. Seara foi a palavra usada por Ele para fazer uma analogia com as multidões que andavam cansadas e errantes porque ainda não conheciam a Verdade e ceifeiros foi uma referência àqueles cujos corações estavam dispostos a levar a Palavra de Salvação a elas.

O Messias pediu a Seus discípulos que rogassem a Deus, que é o Senhor da Seara, para que Ele enviasse mais ceifeiros, ou seja, mais pessoas dispostas a dedicar a vida ao Evangelho. Aliás, tal oração deveria ser acompanhada por uma ação por parte de Seus discípulos: fazer outros discípulos por todas as nações por onde fossem. (Mateus 25.19). E tal ordem não caducou com o passar do tempo. Mais de dois mil anos se passaram e ela continua em vigor. Ao longo de seus 44 anos de existência, a Igreja Universal tem levado essa ordem a sério, pois sabe que, além de curar e libertar, é necessário levar a Salvação a todos. Para isso, é preciso fazer novos discípulos entre as pessoas cujas vidas foram transformadas pelo poder de Deus e que desejam ser instrumentos nas mãos do Altíssimo para levar essa mesma oportunidade a quem sofre.

Este é o caso de dez jovens casais norte-americanos que visitaram recentemente o Templo de Salomão, em São Paulo, pela primeira vez.

Enquanto muitos estão fazendo planos pessoais, de carreira ou curtindo a juventude, eles decidiram se colocar à disposição para levar a mesma Palavra que em um passado não tão distante transformou suas vidas. Eles vieram do Texas, da Flórida, de Nova York e da Califórnia e fazem parte do projeto Born for the Altar (Nascidos para o Altar), da Força Jovem Universal nos Estados Unidos (Young Power Group – YPG), que tem o objetivo de preparar jovens que queiram servir a Deus como missionários.

O Bispo Bira Fonseca, responsável pelo trabalho evangelístico em inglês da Igreja Universal nos Estados Unidos, conta que a parte mais importante das atividades desenvolvidas pela Universal ao longo de 35 anos naquele país tem sido levar às pessoas a conscientização para a necessidade delas receberem o Espírito Santo. “Só por meio dEle é possível gerar discípulos para Deus”, diz.

O Bispo explica que esses jovens pastores e suas esposas são frutos desse trabalho árduo. “Muitos jovens norte-americanos têm decidido se entregar à Obra que Deus gostaria de realizar neles e por meio deles”, revela.

Dando o que receberam
Se hoje esses jovens podem oferecer a oportunidade de mudança de vida para aqueles que estão perdidos é porque um dia estiveram na mesma situação. O Pastor David Euquon Odom, de 30 anos, e sua esposa, Amber, de 27 anos, que integraram a caravana, contam que antes de chegarem à Universal tinham vícios em drogas e envolvimento com gangues, além de sérios problemas familiares.

David revela que o fato de seu pai não ter sido presente em sua vida o fez buscar referências erradas. “Comecei a fazer o que eu via os rapazes mais velhos da minha vizinhança fazendo, ou seja, roubar, matar aulas na escola, sair com várias garotas, me envolver com gangues e brigas, beber, vender e usar drogas.” Amber, sua esposa, também viveu uma adolescência difícil em razão da separação dos pais. “Eu sempre me sentia vazia porque o meu pai deixou a minha mãe e porque ela sempre estava ocupada trabalhando para prover nosso sustento. Eu tentei várias coisas para preencher esse vazio, como festas, bebidas, drogas, relacionamentos e me envolver em brigas, mas nada resolveu.”

A história deles, que parecia destinada a um fim trágico, foi transformada quando eles aceitaram um convite para participar do encontro para jovens da Universal. “Vi que precisava de Deus em minha vida. Me entreguei, me libertei de tudo, me batizei, recebi o Espírito Santo e hoje sou um homem transformado”, afirma o jovem Pastor. Sua esposa destaca o resultado que obteve depois de se entregar a esta fé: “tudo que estava quebrado em mim foi restaurado. Não sou mais uma pessoa violenta, vazia e estou livre de tudo. Não preciso mais de drogas para me sentir bem. Hoje tenho paz, alegria e um casamento feliz”, detalha.

Preparação
A visita ao Templo de Salomão não foi um mero passeio. O objetivo foi compartilhar com os jovens missionários ensinamentos preciosos a respeito não só da fé, mas do Autor dela. “Toda experiência que tivemos foi uma preparação para o futuro. Quanto mais servimos a Deus, mais fortes nos tornamos. Nossa fé não pode ser abalada, mas devemos perseverar até o fim”, disse o Pastor Akil Montoute, de 28 anos, que estava com a esposa, Je’Nai Montoute, de 25 anos.

A visita fortaleceu a fé dos participantes, como concluiu o Pastor David Lahai, de 26 anos: “meus olhos espirituais foram abertos e me permitiram ver quão grande e poderoso é o nosso Deus. Entendi que Ele me escolheu e, independentemente das circunstâncias, não podemos desistir. Quem O serve será honrado por Ele”.

*Colaborou: Sabrina Marques