Em liberdade, Crivella publica vídeo sobre prisão sem provas
“Peço a Deus que ninguém jamais sofra injustiça que cometeram contra mim, minha família e meu governo.”
Neste sábado (20), o ex-prefeito Marcelo Crivella publicou um vídeo em suas redes sociais, comentando o mandado de prisão preventiva emitido contra ele em dezembro de 2020, a apenas nove dias de concluir o mandato na Prefeitura do Rio de Janeiro.
Na gravação, Crivella lembrou que foi preso sem provas e sem jamais ter sido ouvido no processo.
“Em dois anos de investigação, o Ministério Público não havia obtido uma prova sequer contra mim. Ainda assim, sofri a prisão preventiva sob alegação de que, nesse período de nove dias, eu faria o que nunca tinha feito em três anos, 11 meses e 21 dias, ou quase 20 anos de vida pública”, explicou.
Crivella contou que, em 20 anos de vida pública, declarou R$ 35 milhões em rendimentos ao Imposto de Renda, somando os salários e os direitos autorais pelos discos que gravou, e que, ainda assim, tudo o que possui é o apartamento onde mora, porque doou a maior parte desses recursos para obras sociais.
“Se doei meus recursos, faz sentido que queira obter valores ilícitos?” — indagou no vídeo.
Ele expôs que mesmo enfrentando imensas dificuldades — como a crise econômica do município, o estado de calamidade pública provocado por tempestades e a maior pandemia em 100 anos — sua gestão pagou os salários dos servidores em dia, realizou 450 mil cirurgias, reformou 220 escolas e construiu outras, concluiu 120 obras das 130 deixadas pelo governo anterior.
A gestão de Crivella também negociou o subsídio do VLT, o que trouxe uma economia de bilhões para os cofres da Prefeitura. Além disso, o Carnaval passou a ser patrocinado por recursos privados, foram afastadas as Organizações Sociais da Saúde que tinham problemas, foram resgatados recursos desviados por grandes empreiteiras nas obras olímpicas e a Linha Amarela foi recuperada, com a suspensão do pedágio.
“Mas não foi só isso. Reduzi meu salário pela metade durante os quatro anos de governo, o que deu, no total, uma economia de R$ 800 milhões, pelo efeito cascata”, recordou Crivella. “Se trabalhamos tanto para conter desperdício e corrupção, por que razão iríamos, nos últimos nove dias de governo, fazer o que nos acusam sem provas”, indagou.
O ex-prefeito do Rio de Janeiro agradeceu a Deus pelas decisões judiciais do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), que o colocaram em liberdade, e à família.
Ao fim da gravação, Crivella se emocionou ao lembrar da mãe — que faleceu enquanto ele estava preso.
“Peço a Deus que ninguém jamais sofra injustiça que cometeram contra mim, minha família e meu governo, ou sintam a dor que eu senti por ter perdido minha mãe durante esse momento tão difícil”, concluiu.
Assista ao vídeo de Marcelo Crivella:
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