O embaixador angolano no Brasil, Florêncio Mariano da Conceição e Almeida, foi convocado pelo Senado Brasileiro e pelo ministro das Relações Exteriores, Carlos França, para explicar a expulsão de brasileiros que viviam legalmente em Angola.

Até o momento, pelo menos 31 brasileiros membros da Universal foram deportados sem embasamento judicial. Todos eles viviam legalmente em Angola e foram obrigados a deixar o país, muitos sem direito, sequer, de se despedirem de suas famílias. Os últimos chegaram ao Brasil nesta quarta-feira (19). Confira a reportagem do Jornal da Record sobre o assunto:

Conforme publicou o site Diário do Poder, “o deportação sistemática de brasileiros atingiu contornos de xenofobia e perseguição exercidas de forma abusiva pelo presidente de Angola, João Lourenço”.

O site relata que o atual presidente angolano assumiu o controle de quase todos os veículos de comunicação, apoderando-se de duas emissores de televisão, além de revogar as licenças de outras três emissoras de TV, dezenas de jornais e 27 emissoras de rádio.

As eleições presidenciais em Angola serão realizadas em 2022 e, ainda segundo o Diário do Poder, Lourenço passou a perseguir estrangeiros, mesmo aqueles que vivem há anos no país.

“Além de serem expulsos do país, os brasileiros viram seus investimentos surrupiados na mão grande e suas contas bancárias bloqueadas”, completa o site.

Diante de tal situação, as autoridades brasileiras esperam que o embaixador angolano auxilie na resolução do conflito diplomático o quanto antes.

Ao Correio do Povo, o deputado federal Milton Vieira (Republicanos) afirmou que deve ser criada uma comissão para ir a Angola em busca de soluções: “O presidente Jair Bolsonaro disse que vai ligar para o João Lourenço, presidente da Angola e pedir que um grupo seja atendido lá, com algum representante da Igreja aqui do Brasil”.

No último domingo (16), o programa Entrelinhas se dedicou a explicar a perseguição de alguns angolanos – incluindo o Governo – aos brasileiros. A perseguição, que se iniciou em 2019, foi intensificada nos últimos meses e já chegou a ser denunciada na Organização das Nações Unidas (ONU) por ferir a democracia e os direitos humanos.

Clique aqui e assista à íntegra do Entrelinhas.