Já são 205 mortos nas enchentes que atingiram a Espanha. Considerada a ‘inundação do século’ pela imprensa local, essa é a pior catástrofe meteorológica no país desde outubro de 1973.

Em apenas 8h de chuva, o volume de água na região foi equivalente a um ano inteiro.

Saiba detalhes:

As chuvas torrenciais foram registradas em Valência, terceira maior cidade da Espanha, entre os dias 29 e 30 de outubro, onde 202 pessoas foram a óbito. Outras duas vítimas foram encontradas em Castela La Mancha e uma em Andaluzia, totalizando 205 mortos.

Em decorrência à tempestade, inúmeras casas foram destruídas, assim como árvores, automóveis e fios elétricos. Com isso, cidades inteiras estão sem fornecimento de energia e abastecimento de água.

Além disso, segundo o ministro dos Transporte e da Mobilidade espanhola, Óscar Puente, mais de 80 quilômetros de rodovias no leste do país foram danificados ou bloqueados por carros abandonados e entulhos, o que prejudica o provimento de comida à população. O sistema de transporte ferroviário também foi suspenso – inclusive a linha de alta velocidade de Madri.

Segundo a Agência Estatal de Meteorologia (Aemet), o impacto das chuvas foi maior que as enchentes de 2019 e similar as de 1982 e 1987, temporais que devastaram o País.

As buscam continuam:

Estimam-se que dezenas de pessoas permanecem desaparecidas. Com isso, mais de 1 mil soldados das unidades de resgate de emergência do País uniram-se às equipes do Corpo de Bombeiros no trabalho de buscas.

De acordo com a ministra da Defesa, Margarita Robles, até a noite de quarta-feira (30), os soldados recuperaram 22 corpos e resgataram 110 pessoas. Já na quinta-feira (31), outras 70 pessoas presas em telhados e casas foram salvas pelo helicóptero da operação.

Reconstrução:

Moradores de todas as regiões do país se unem para ajudar as equipes de limpeza a retirar lama e destroços das residências e comércios que foram arrasados.

Assista à reportagem do Jornal da Record desta sexta-feira (01):

Confira o relato de uma brasileira que mora na cidade europeia:

Outros relatos:

• “Há pessoas em casa com cadáveres. Tivemos que esvaziar um supermercado”, disse o prefeito de Alfafar, que lança uma mensagem de desespero após a passagem da DANA (Depressão Isolada em Níveis Altos) sigla (DANA) em espanhol.
• “Vi corpos flutuando. Gritei, mas nada. Os bombeiros levaram os idosos primeiro, quando eles conseguiram entrar. Sou de perto, então, tentei ajudar e resgatar as pessoas. [Elas] choravam por todo lado, estavam presas”, disse Luís Sánchez, um soldador, que afirma ainda que a estrada rapidamente se tornou um cemitério flutuante coberto com centenas de veículos.

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(*) Atualizada em 01/11/2024, às 12h07