Entre conveniências e sacrifícios

Muitas mulheres querem que Deus atenda a seus desejos, mas não têm disposição para fazer renúncias para se aproximarem dEle. Entenda a importância de saber abrir mão das próprias vontades

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No turbilhão da vida moderna, muitas mulheres parecem relutantes em sacrificar algo para se aproximar de Deus. Viviane Freitas, em uma meditação compartilhada em seu blog, comenta essa dificuldade que muitas enfrentam. “O espírito é o que vivifica, é o que decide, é o que dirige você, é o seu espírito, sua mente. Se você murmura, duvida, carrega traumas, desacredita, é incrédula, o seu espírito não vai vivificar”, adverte ela, ressaltando a importância do sacrifício como pré-requisito para compreender o amor Divino.

É intrigante como, em meio às urgências cotidianas, muitas mulheres desejam que Deus atenda às suas vontades no tempo delas, sem se darem conta de que também devem praticar o sacrifício e a entrega. Nesse sentido, Viviane destaca a necessidade de uma disposição real para seguir a Palavra de Deus e se entregar a Ele.

SEU AMOR É FAJUTO?
O discurso contemporâneo frequentemente projeta a imagem de um Deus distante e alheio aos dilemas individuais. Entretanto, para se aproximar dEle, cada mulher precisa fazer a si mesma as seguintes perguntas: “quem sou eu? Eu sou próxima de Deus?”

Segundo Viviane, muitas mulheres estão longe do Altíssimo porque aprenderam a amar de forma superficial e descompromissada. “Muitas pessoas estão aprendendo neste mundo a amar de forma bem fajuta, um amor fajuto, em que não há sacrifício, não há entrega, não há atenção, não há disposição para cumprir a sua própria parte”, afirma.

Para exemplificar a questão, Viviane menciona alguns versículos bíblicos de João 6. Nesse trecho, a Bíblia revela a reação de muitos discípulos ao ensinamento de Jesus sobre a importância de se alimentar espiritualmente dEle, ou seja, de se alimentar das Suas Palavras e da Sua Vontade. A resistência à ideia de renunciar aos próprios desejos em prol do plano Divino é evidente: “Duro é este discurso; quem o pode ouvir?” (João 6.60).

Muitos, ao ouvirem as palavras do Senhor, rejeitaram o caminho do sacrifício e murmuraram.

No mesmo capítulo bíblico, Jesus evidencia que aqueles que receberam o maná no deserto também não permaneceram fiéis ao Criador. “Deus deu pão ao povo, mas as pessoas comeram esse maná, e morreram (João 6.49). Elas não foram constantes com Deus. Eram pessoas revoltadas, que sempre tinham uma pergunta, sempre tinham um pensamento contra Deus, não aceitavam a direção de Deus, não aceitavam os sacrifícios e se corromperam com ídolos que fizeram no deserto”, comenta.

A disposição para acatar a Verdade Divina e abraçá-la acima das próprias vontades, é essencial, pois aceitar a Palavra de Deus é receber Espírito e Vida (João 6.63), mas isso implica renúncia. A disposição para sacrificar e seguir a Palavra de Deus não deve ocorrer só nos momentos que são convenientes para nós, mas durante toda a caminhada diária.

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Colaborador

Kaline Tascin / Foto: champja\gettymages